São Paulo, segunda-feira, 26 de março de 2007

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Prefeito de Belo Horizonte, Pimentel é aprovado por 68% dos moradores

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Há cinco anos e cinco meses à frente da Prefeitura de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT) é considerado ótimo ou bom para 68% dos moradores da capital mineira, revela pesquisa Datafolha realizada nos dias 19 e 20 deste mês. A nota média que ele obteve foi 7,1.
Em relação à pesquisa de julho de 2006, a avaliação do petista melhorou seis pontos percentuais (tinha 62% de ótimo ou bom), pouco acima da margem de erro do novo levantamento, de cinco pontos. Consideravam regular a gestão 26%. Agora, índice caiu para 23%. Apenas 5% o avaliaram como ruim ou péssimo -eram 9%.
Essa boa avaliação coloca Pimentel mais na linha de frente da sucessão pelo governo de Minas, em 2010. Ele ainda conta com o apoio administrativo do tucano Aécio Neves, governador do Estado, e tem enaltecido a ajuda do governo Lula.
Pimentel se aliou administrativamente a Aécio, numa espécie de mão dupla. Com bom trânsito no governo Lula, também ajudou o tucano na interlocução com a União. Desde então, tem engrossado o orçamento para investimentos com esses dois parceiros. Não há uma aparição pública que reúna Aécio e Pimentel sem que deixem de lembrar a parceria.
Esse estilo ajuda na relação do prefeito com a Câmara Municipal. O PT estadual, porém, não se entusiasma tanto com a dobradinha tucano-petista.
Obras em execução, como a duplicação de uma das mais importantes avenidas que ligam a região da Pampulha ao centro e a urbanização de um dos maiores complexos de favelas da capital mineira, o aglomerado da Serra, dão visibilidade à gestão. Outra ação é o Orçamento Participativo Digital, pelo qual 170 mil pessoas (8,5% da população) escolheram pela internet obras pré-selecionadas para serem realizadas.
Um auxiliar do prefeito, que não é do PT, disse à Folha ter ficado surpreso com o que chamou de "rede de proteção" ao petista. Ele vê nisso também uma explicação para a popularidade do prefeito, que, se eleger um sucessor petista, levará o partido a gerir uma cidade por 20 anos ininterruptos. Essa tarefa pode ser facilitada caso Aécio fique neutro na disputa.


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