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URBANISMO
Proposta na reforma da avenida é que vias residenciais sejam fechadas para motorista não cortar caminho pelos bairros
Nova Bandeirantes prevê bolsão residencial
FABIO SCHIVARTCHE
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O projeto de transformação da
avenida dos Bandeirantes em um
corredor expresso para caminhões prevê a implantação de pelo menos 18 bolsões residenciais
nos bairros do entorno, na zona
sul da capital paulista. Eles seriam
formados com o fechamento ao
tráfego de pequenas ruas e alamedas que dão acesso à avenida.
Outras 18 ruas também seriam
afetadas, transformando-se em
bolsões fechados ou recebendo
"lombofaixas", lombadas que
obrigam os motoristas a reduzir
drasticamente a velocidade.
Essas medidas visam preservar
a característica residencial de
bairros como Brooklin, Planalto
Paulista e Campo Belo ao longo
dos 7,5 quilômetros da avenida.
Orçado em R$ 200 milhões, sem
contar gastos com desapropriações, o projeto da nova Bandeirantes está sendo analisado pela
SVMA (Secretaria Municipal do
Verde e do Meio Ambiente) -o
órgão que fará as exigências ambientais e urbanísticas.
A obra, que em tese pode começar ainda neste ano, terá três fases.
A primeira, com duração estimada em 12 meses, prevê a implantação do corredor exclusivo de caminhões em duas faixas de rolamento junto ao canteiro central,
nos dois sentidos da avenida.
Está prevista ainda a construção
de duas faixas (uma em cada lado
da Bandeirantes) e a remoção de
semáforos em cruzamentos. Hoje, a avenida tem quatro faixas de
cada lado. Passaria a ter cinco.
Com essas medidas, a prefeitura
e o governo estadual esperam aumentar a velocidade média dos
veículos em até 75%, facilitando o
transporte de carga que utiliza a
marginal Pinheiros e a avenida
dos Bandeirantes para chegar até
o complexo rodoviário Imigrantes/Anchieta -que dá acesso ao
porto de Santos, no litoral sul.
É na segunda fase do projeto,
com duração de 21 meses, que os
bolsões residenciais seriam implantados, além das passagens em
nível, passarelas e viadutos
-com a remoção de mais semáforos. A terceira etapa inclui a recuperação paisagística.
"O potencial de áreas a serem
criadas em bolsões ou lombofaixas é de no mínimo 12 mil m2" ,
diz a proposta em análise, elaborada pela empresa Vetec.
Pelo projeto da nova Bandeirantes, os moradores de cada área
afetada receberão as propostas de
fechamento das ruas a tempo de
discutir sua implantação com os
órgãos de governo. São necessárias as assinaturas de no mínimo
70% dos moradores para obter o
fechamento da rua, segundo a legislação em vigor na cidade.
Procurada pela Folha para comentar o projeto, a Secretaria
Municipal do Verde e do Meio
Ambiente limitou-se a dizer que o
estudo de viabilidade ambiental
está disponível para consulta até o
dia 29 de maio. As secretarias municipal e estadual dos Transportes
tampouco se manifestaram.
Colaborou AFRA BALAZINA, da Reportagem Local
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