|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Professores realizam protestos pelo país
Em SP, alvo foi o novo sistema de previdência; em outros Estados, crítica foi à proposta de piso nacional
DO "AGORA"
Os professores da rede estadual de São Paulo realizaram
ontem um protesto que começou à tarde no entorno da Assembléia Legislativa e terminou à noite na avenida Paulista.
O protesto reuniu mais de 11
mil pessoas, segundo a PM.
Os professores decidiram entrar em greve a partir do dia 4.
O movimento, que incluiu
uma paralisação que atingiu
718 escolas no Estado, ocorreu
para que os professores protestassem contra uma emenda ao
projeto do governo que cria a
SPPrev (sistema de previdência
dos servidores públicos).
Essa emenda prevê que a
SPPrev arcará com os benefícios dos servidores titulares,
excluindo os temporários, que
migrarão para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O problema é que o teto de aposentadoria pelo INSS, por
exemplo, é mais baixo.
Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino
Oficial do Estado de São Paulo),
cerca de 78 mil professores são
temporários.
A SPPrev precisa ser criada
para unificar os sistemas de
previdência privada do Estado.
Deve substituir, por exemplo, o
Ipesp (Instituto de Previdência
do Servidor Público do Estado)
e a CBPM (Caixa Beneficente
da Polícia Militar).
A alteração tem de acontecer
até 28 de maio para que o Estado continue a receber repasses
federais, devido às reformas da
Previdência de 1998 e 2004.
Hoje, os temporários contribuem para o sistema público
por causa de decisão judicial.
Outras paralisações
Professores fizeram paralisações ontem em Pernambuco,
Mato Grosso e Paraná. Em Brasília, uma marcha reuniu 12 mil
professores -o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva recebeu em
seu gabinete uma comissão.
Os protestos foram contra o
valor do piso salarial proposto
pelo governo no PDE (Plano de
Desenvolvimento da Educação), lançado anteontem.
A idéia do governo é criar um
salário mínimo de R$ 850. A
confederação pede R$ 1.050.
A Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Educação informou que as aulas foram suspensas ontem em 20
Estados, o que não foi confirmado pelos governos estaduais.
Colaboraram a Agência Folha, a Sucursal de Brasília e a Folha Online
Texto Anterior: Barra do Chapéu tem melhor 4ª série do país Próximo Texto: Pasquale Cipro Neto: "É necessário que hajam provas" Índice
|