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Prédio de Ana Paula Arósio sofre arrastão
Edifício na zona sul foi invadido por 8 homens fortemente armados; grupo rendeu moradores e roubou 12 apartamentos
Ladrões destruíram as fitas do circuito interno de segurança; no prédio mora a atriz Ana Paula Arósio, que não foi roubada, diz a polícia
DO "AGORA"
Oito homens fortemente armados invadiram, na manhã de
ontem, um prédio de luxo na
Vila Clementino (zona sul).
Eles renderam moradores e
roubaram objetos de valor de
12 apartamentos. Uma das vítimas chegou a ser agredida com
coronhadas e chutes.
No edifício de dez pavimentos e seis apartamentos por andar mora a atriz Ana Paula Arósio. Segundo a polícia, ela não
foi vítima dos ladrões.
Policiais ainda não sabem como o grupo entrou no prédio.
Dois dos assaltantes renderam
o vigia e entraram pela guarita,
mas o restante da quadrilha já
estava no edifício quando o
porteiro foi rendido.
Segundo testemunhas, a quadrilha chegou em um Palio e
em um Cross Fox, que foram
deixados na garagem do edifício. O grupo rendeu os moradores que estavam nas áreas comuns do prédio e os obrigou a ir
aos apartamentos. Depois, eles
tiveram de indicar onde havia
objetos de valor e dinheiro.
Em seguida, os moradores
foram mantidos com as mãos
amarradas na sala de máquinas
do edifício. De acordo com a
polícia, 16 pessoas foram rendidas, sendo nove moradores e
sete funcionários, entre eles,
babás e empregadas das residências, além dos porteiros.
Reféns vigiados
Os reféns ficaram aproximadamente uma hora sendo vigiados por homens armados.
Os ladrões roubaram tênis,
roupas, jóias, um relógio avaliado em R$ 15 mil, cartões de crédito e bancários, 20 celulares,
cinco televisões e seis notebooks, além de dinheiro: foram
US$ 6.000, 4.000 e R$ 8.900
no total.
A quadrilha colocou tudo nos
dois carros usados para chegar
ao prédio e em um Honda Civic
de um morador. Eles fugiram
nos três veículos, mas abandonaram o Honda horas depois
em Diadema, na região do ABC.
O carro passou por perícia policial para verificar a presença de
impressões digitais.
Não está descartada a hipótese de que alguém do prédio
tenha instruído o grupo. Três
seguranças de uma empresa
terceirizada trabalham ali. Há
circuito interno de vigilância,
mas o bando destruiu as fitas.
Até a noite de ontem, ninguém
havia sido preso pela polícia.
Outros casos
A cidade teve neste ano ao
menos outros cinco casos semelhantes. No último deles, em
28 de março, um grupo de 10 a
15 criminosos com fuzis e metralhadoras fez um arrastão em
um prédio de classe média na
Vila Madalena (zona oeste).
Eles ficaram mais de duas horas no condomínio e levaram
dinheiro, jóias, equipamentos e
dois carros de moradores.
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