São Paulo, quinta-feira, 26 de abril de 2007

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Prédio de Ana Paula Arósio sofre arrastão

Edifício na zona sul foi invadido por 8 homens fortemente armados; grupo rendeu moradores e roubou 12 apartamentos

Ladrões destruíram as fitas do circuito interno de segurança; no prédio mora a atriz Ana Paula Arósio, que não foi roubada, diz a polícia

DO "AGORA"

Oito homens fortemente armados invadiram, na manhã de ontem, um prédio de luxo na Vila Clementino (zona sul). Eles renderam moradores e roubaram objetos de valor de 12 apartamentos. Uma das vítimas chegou a ser agredida com coronhadas e chutes.
No edifício de dez pavimentos e seis apartamentos por andar mora a atriz Ana Paula Arósio. Segundo a polícia, ela não foi vítima dos ladrões.
Policiais ainda não sabem como o grupo entrou no prédio. Dois dos assaltantes renderam o vigia e entraram pela guarita, mas o restante da quadrilha já estava no edifício quando o porteiro foi rendido.
Segundo testemunhas, a quadrilha chegou em um Palio e em um Cross Fox, que foram deixados na garagem do edifício. O grupo rendeu os moradores que estavam nas áreas comuns do prédio e os obrigou a ir aos apartamentos. Depois, eles tiveram de indicar onde havia objetos de valor e dinheiro.
Em seguida, os moradores foram mantidos com as mãos amarradas na sala de máquinas do edifício. De acordo com a polícia, 16 pessoas foram rendidas, sendo nove moradores e sete funcionários, entre eles, babás e empregadas das residências, além dos porteiros.

Reféns vigiados
Os reféns ficaram aproximadamente uma hora sendo vigiados por homens armados.
Os ladrões roubaram tênis, roupas, jóias, um relógio avaliado em R$ 15 mil, cartões de crédito e bancários, 20 celulares, cinco televisões e seis notebooks, além de dinheiro: foram US$ 6.000, 4.000 e R$ 8.900 no total.
A quadrilha colocou tudo nos dois carros usados para chegar ao prédio e em um Honda Civic de um morador. Eles fugiram nos três veículos, mas abandonaram o Honda horas depois em Diadema, na região do ABC. O carro passou por perícia policial para verificar a presença de impressões digitais.
Não está descartada a hipótese de que alguém do prédio tenha instruído o grupo. Três seguranças de uma empresa terceirizada trabalham ali. Há circuito interno de vigilância, mas o bando destruiu as fitas. Até a noite de ontem, ninguém havia sido preso pela polícia.

Outros casos
A cidade teve neste ano ao menos outros cinco casos semelhantes. No último deles, em 28 de março, um grupo de 10 a 15 criminosos com fuzis e metralhadoras fez um arrastão em um prédio de classe média na Vila Madalena (zona oeste). Eles ficaram mais de duas horas no condomínio e levaram dinheiro, jóias, equipamentos e dois carros de moradores.


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