São Paulo, segunda-feira, 26 de abril de 2010

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ADOLPHO SCALOPPI (1929-2010)

O motociclista mais antigo do país virou museu

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A motocicleta esteve presente na vida de Adolpho Scaloppi desde que seu pai, um sitiante de Jardinópolis, no interior de São Paulo, mandou importar um modelo da Alemanha. O veículo chegou ao país encaixotado e desmontado.
Andar sobre duas rodas motorizadas Adolpho começou mesmo a fazer em 1949, quando tirou a carteira de habilitação. E acabaria, no final das contas, se tornando um recordista -foi o motociclista brasileiro mais antigo em atividade. Antes de se dedicar exclusivamente à paixão, ele havia trabalhado como farmacêutico, área na qual se formou na cidade de Ribeirão Preto (SP).
Depois, foi dono de uma indústria de chupetas e mamadeiras. Aposentou-se aos 50 anos, decidiu vender a fábrica e aí foi fazer o que gostava.
Viajou de moto para a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e o Chile. Em suas aventuras, era acompanhado pela mulher.
A parte ruim é que, nas suas muitas andanças, sofreu vários acidentes -já quebrou a clavícula e o braço. Mas nada que o afastasse de vez do asfalto.
Ultimamente, vivia em Delfinópolis (MG), onde havia criado o Museu Motociclístico Adolpho Scaloppi, com informações de todas as motos que teve, documentos, fotos etc.
No ano passado, após sofrer três AVCs (acidentes vasculares cerebrais), o médico pediu para que ele parasse com a moto. Tinha uma BMW -era sócio-fundador do BMW Clube do Brasil- e um triciclo.
Viúvo desde 2001, morreu na quinta-feira, aos 81 anos, após um infarto. Teve três filhos, cinco netos e um bisneto.

coluna.obituario@uol.com.br


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