|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ADOLPHO SCALOPPI (1929-2010)
O motociclista mais antigo do país virou museu
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A motocicleta esteve presente na vida de Adolpho Scaloppi
desde que seu pai, um sitiante
de Jardinópolis, no interior de
São Paulo, mandou importar
um modelo da Alemanha. O
veículo chegou ao país encaixotado e desmontado.
Andar sobre duas rodas motorizadas Adolpho começou
mesmo a fazer em 1949, quando tirou a carteira de habilitação. E acabaria, no final das
contas, se tornando um recordista -foi o motociclista brasileiro mais antigo em atividade.
Antes de se dedicar exclusivamente à paixão, ele havia trabalhado como farmacêutico,
área na qual se formou na cidade de Ribeirão Preto (SP).
Depois, foi dono de uma indústria de chupetas e mamadeiras. Aposentou-se aos 50
anos, decidiu vender a fábrica e
aí foi fazer o que gostava.
Viajou de moto para a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e o
Chile. Em suas aventuras, era
acompanhado pela mulher.
A parte ruim é que, nas suas
muitas andanças, sofreu vários
acidentes -já quebrou a clavícula e o braço. Mas nada que o
afastasse de vez do asfalto.
Ultimamente, vivia em Delfinópolis (MG), onde havia criado o Museu Motociclístico
Adolpho Scaloppi, com informações de todas as motos que
teve, documentos, fotos etc.
No ano passado, após sofrer
três AVCs (acidentes vasculares cerebrais), o médico pediu
para que ele parasse com a moto. Tinha uma BMW -era sócio-fundador do BMW Clube
do Brasil- e um triciclo.
Viúvo desde 2001, morreu na
quinta-feira, aos 81 anos, após
um infarto. Teve três filhos,
cinco netos e um bisneto.
coluna.obituario@uol.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Lojistas taxam recarga de Bilhete Único Índice
|