São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002

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Trabalho muda vida de excepcional

FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

A crescente inclusão de deficientes no mercado de trabalho tem contribuído para mudar a visão de vida dessas pessoas.
Antes dependentes, hoje alunos inseridos em empresas e instituições por meio de parcerias feitas com a Apae-Campinas, eles se orgulham de ter uma profissão e ser remunerados.
É o caso de Douglas Delling, 23, que foi treinado pela Apae e hoje trabalha na área de relações públicas da 3M. Ele ocupa o cargo mais alto entre os dez excepcionais que prestam serviços à empresa.
"Começamos a recrutar alunos da Apae em 1995 e o trabalho deles deu muito certo. Eles são muito dedicados e contagiam os outros trabalhadores", disse a gerente de relações públicas da empresa, Carmela Carvalho.
Com o dinheiro ganho no trabalho, muitos chegam a ajudar no rendimento familiar, além de realizarem desejos particulares.
Outros 15 excepcionais enviados pela Apae à PUC-Campinas também já começam a perceber que têm direitos a adquirir. Na universidade, oito rapazes fazem a limpeza externa e sete moças fazem faxina em salas de aula.
Segundo o coordenador de serviços gerais da PUC, Fernando Carmona, a instituição oferece a eles um salário mínimo, cesta básica, vale-refeição e férias.
Ele afirmou que, ao colocar excepcionais nos trabalhos de limpeza, pôde transferir funcionários para outros serviços, obtendo maior funcionalidade da equipe.
A exemplo dos alunos empregados na 3M, os alunos que trabalham na PUC também dizem que só obtiveram vantagens ao assumir uma função remunerada.
"Estou pagando a conta d'água lá de casa com o dinheiro que eu ganho aqui. Gosto do trabalho", afirmou Gerson Araújo, 20, que integra o grupo.


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