UOL


São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Associação critica falta de estrutura

DA REPORTAGEM LOCAL

A ausência de infra-estrutura nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil e a falta de contratação com carteira assinada são as principais razões para que profissionais brasileiros da área de saúde não queiram trabalhar em municípios mais distantes do país, na avaliação da AMB.
"Não adianta pagar salário e não dar condições para o médico trabalhar. Se falta medicamento, se ele não tem um PS [Pronto-Socorro] para tratar um corte no pé, fazer uma pequena cirurgia, o que o médico vai fazer lá? Curandeirismo?", diz o presidente da associação, Eleuses Vieira de Paiva.
Segundo ele, a opção dos governos por contratações temporárias dificulta a ida de médicos brasileiros às regiões distantes. "Sem carteira assinada e sem a garantia de direitos trabalhistas, fica difícil segurar um médico nessas regiões."
Para conseguir um rendimento de R$ 3.000 a R$ 3.500 mensais, um médico brasileiro tem de ter quatro a cinco empregos. "Cerca de 65% dos médicos do país tinham esse perfil, segundo pesquisa de 97 [pela AMB e pelo Conselho Federal de Medicina]. Isso não mudou significativamente."
"Não é verdade que o brasileiro não quer trabalhar no Tocantins", diz Nemésio Tomasella de Oliveira, primeiro-secretário do CRM do Tocantins. Há dois anos, diz, o Ministério da Saúde abriu 350 vagas para médicos em 350 cidades e 5.000 pessoas se inscreveram.

Texto Anterior: Outro lado: Ex-secretário vê dificuldade em atrair brasileiros
Próximo Texto: A cidade é sua - Eletrônico: DVD player da LG apresenta defeito e empresa demora a efetuar troca
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.