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Associação critica falta de estrutura
DA REPORTAGEM LOCAL
A ausência de infra-estrutura
nas regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste do Brasil e a falta de
contratação com carteira assinada são as principais razões para
que profissionais brasileiros da
área de saúde não queiram trabalhar em municípios mais distantes do país, na avaliação da AMB.
"Não adianta pagar salário e
não dar condições para o médico
trabalhar. Se falta medicamento,
se ele não tem um PS [Pronto-Socorro] para tratar um corte no pé,
fazer uma pequena cirurgia, o que
o médico vai fazer lá? Curandeirismo?", diz o presidente da associação, Eleuses Vieira de Paiva.
Segundo ele, a opção dos governos por contratações temporárias
dificulta a ida de médicos brasileiros às regiões distantes. "Sem carteira assinada e sem a garantia de
direitos trabalhistas, fica difícil segurar um médico nessas regiões."
Para conseguir um rendimento
de R$ 3.000 a R$ 3.500 mensais,
um médico brasileiro tem de ter
quatro a cinco empregos. "Cerca
de 65% dos médicos do país tinham esse perfil, segundo pesquisa de 97 [pela AMB e pelo Conselho Federal de Medicina]. Isso
não mudou significativamente."
"Não é verdade que o brasileiro
não quer trabalhar no Tocantins",
diz Nemésio Tomasella de Oliveira, primeiro-secretário do CRM
do Tocantins. Há dois anos, diz, o
Ministério da Saúde abriu 350 vagas para médicos em 350 cidades
e 5.000 pessoas se inscreveram.
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