Motivo da queda de avião no Atlântico continua desconhecido

DA ASSOCIATED PRESS
DE SÃO PAULO

A agência francesa responsável pela investigação do acidente com o voo AF 447 da Air France, que caiu no oceano Atlântico em 31 de maio do ano passado matando 228 pessoas, afirmou que as buscas pelos restos da aeronave, principalmente pelas caixas-pretas, foram encerradas ontem sem sucesso.
Parte dos destroços da aeronave, que fazia o trajeto Rio-Paris, já havia sido encontrada logo depois do acidente, mas as buscas pelas caixas-pretas prosseguiram porque as informações contidas nos equipamentos são consideradas fundamentais para esclarecer o que levou à queda do avião no mar.
Segundo Alain Guilldou, do BEA (birô do governo francês responsável pela apuração de acidentes), foram gastos cerca de US$ 15,8 milhões (R$ 29,5 milhões) nas operações de busca, que foram feitas em três fases.
A atual fase havia começado em março deste ano. A agência francesa não informou se haverá nova etapa.
No início deste mês, órgãos franceses chegaram a afirmar que os destroços estavam em uma zona de 200 km2 -equivalente à área da cidade de Paris- situada mais ao sudeste da região onde até então se buscava o avião, na costa brasileira. Mas nada foi localizado após a área ser vasculhada.

O ACIDENTE
O avião da Air France, um Airbus-A330, caiu a cerca de 1.500 km de Recife. Às 23h14 do dia 31 de maio, a aeronave emitiu uma mensagem automática de despressurização e pane elétrica. As causas do acidente, porém, ainda permanecem desconhecidas.
Equipes de buscas brasileiras e francesas resgataram 50 corpos do oceano, sendo que 20 eram de brasileiros -12 homens e oito mulheres- e 30, de estrangeiros (13 homens e 17 mulheres).


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