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ENERGIA
Eletrobrás investirá US$ 12 milhões nas regiões Sul e Sudeste
Governo anuncia novo sistema de segurança contra blecautes
da Sucursal do Rio
O ministro Rodolpho Tourinho
(Minas e Energia) anunciou ontem
que, até o final do ano, o setor elétrico brasileiro terá um novo sistema de segurança para as regiões
Sul e Sudeste.
O investimento inicial, feito pela
Eletrobrás, é de US$ 12 milhões.
Dividido em cinco áreas, o novo
sistema terá 61 CLPs (controladores lógicos programáveis) -computadores programados para determinar onde devem ser reduzidos os fluxos de energia em casos
de emergência- e será instalado
nas principais subestações do sistema integrado Sul-Sudeste.
Segundo o ministro, que ontem
deu entrevista após palestra no Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica), no Rio, o novo sistema reduzirá o risco de desligamento em cascata nas redes de transmissão de energia, mas não eliminará completamente o risco de novos blecautes.
"Isso ninguém pode garantir",
afirmou Tourinho.
No dia 11 de março, o desligamento em cascata, provocado, segundo a versão do governo, por
um raio na subestação de Bauru
(interior de São Paulo), levou ao
desligamento de cinco linhas de
transmissão e provocou um blecaute que afetou 31 milhões de
usuários em dez Estados e no Distrito Federal.
O blecaute motivou a criação do
novo sistema de segurança.
²
Geração
O ministro anunciou ainda que o
governo pretende aumentar a geração de energia no país a partir da
construção de dez novas usinas
termelétricas feitas em parceria
com a iniciativa privada.
A previsão é que as novas usinas
comecem a funcionar dentro de
dois anos.
Em junho, o governo lança edital
para a primeira concessão de uma
linha de transmissão no país, entre
Tucuruí (PA) e Belém.
Cinco empresas já demonstraram interesse, segundo Firmino
Sampaio Neto, presidente da Eletrobrás.
"O papel da iniciativa privada é
fundamental. O governo não tem
recursos para investir os R$ 34 bilhões que seriam necessários para
o sistema energético brasileiro nos
próximos quatro anos", disse Tourinho.
Segundo o ministro, apesar da
crise econômica, o consumo de
energia no Brasil cresceu 3,5% de
janeiro a 18 de maio deste ano.
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