São Paulo, quarta, 26 de maio de 1999

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ENERGIA
Eletrobrás investirá US$ 12 milhões nas regiões Sul e Sudeste
Governo anuncia novo sistema de segurança contra blecautes

da Sucursal do Rio

O ministro Rodolpho Tourinho (Minas e Energia) anunciou ontem que, até o final do ano, o setor elétrico brasileiro terá um novo sistema de segurança para as regiões Sul e Sudeste.
O investimento inicial, feito pela Eletrobrás, é de US$ 12 milhões.
Dividido em cinco áreas, o novo sistema terá 61 CLPs (controladores lógicos programáveis) -computadores programados para determinar onde devem ser reduzidos os fluxos de energia em casos de emergência- e será instalado nas principais subestações do sistema integrado Sul-Sudeste.
Segundo o ministro, que ontem deu entrevista após palestra no Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica), no Rio, o novo sistema reduzirá o risco de desligamento em cascata nas redes de transmissão de energia, mas não eliminará completamente o risco de novos blecautes.
"Isso ninguém pode garantir", afirmou Tourinho.
No dia 11 de março, o desligamento em cascata, provocado, segundo a versão do governo, por um raio na subestação de Bauru (interior de São Paulo), levou ao desligamento de cinco linhas de transmissão e provocou um blecaute que afetou 31 milhões de usuários em dez Estados e no Distrito Federal.
O blecaute motivou a criação do novo sistema de segurança.
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Geração

O ministro anunciou ainda que o governo pretende aumentar a geração de energia no país a partir da construção de dez novas usinas termelétricas feitas em parceria com a iniciativa privada.
A previsão é que as novas usinas comecem a funcionar dentro de dois anos.
Em junho, o governo lança edital para a primeira concessão de uma linha de transmissão no país, entre Tucuruí (PA) e Belém.
Cinco empresas já demonstraram interesse, segundo Firmino Sampaio Neto, presidente da Eletrobrás.
"O papel da iniciativa privada é fundamental. O governo não tem recursos para investir os R$ 34 bilhões que seriam necessários para o sistema energético brasileiro nos próximos quatro anos", disse Tourinho.
Segundo o ministro, apesar da crise econômica, o consumo de energia no Brasil cresceu 3,5% de janeiro a 18 de maio deste ano.



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