São Paulo, quarta, 26 de maio de 1999

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VIOLÊNCIA
Manifestação pela paz reúne 3.000 estudantes em Taubaté

da Folha Vale

Pelo menos 3.000 crianças e adolescentes de 35 escolas da rede pública de Taubaté (134 km de SP) foram para a rua ontem participar de uma "manifestação pela paz".
"A gente não pode tomar uma medida só depois que a violência atinge a gente. Temos sorte de ainda não termos violência nas escolas de Taubaté. O pouco que existe é de fora para dentro", disse a diretora de escola Maria Célia Arena, organizadora do protesto.
Com faixas, cartazes, bandeiras e bexigas, os alunos pediram paz nas escolas.

Projeto
A Câmara de Campinas aprovou anteontem à noite um projeto de lei que institui na cidade o Programa de Prevenção da Violência nas Escolas.
O projeto, de autoria do vereador Romeu Santini (PFL), visa prevenir a violência por meio de comissões e ações educativas centralizadas nas APMs (Associações de Pais e Mestres) e na Secretaria Municipal da Educação.
A intervenção da associação será por meio de palestras e cursos de conscientização.

Revista
Uma rigorosa revista feita por policiais militares em alunos de uma escola estadual de Presidente Prudente levou os pais dos garotos a entrar com uma ação judicial contra o Estado de São Paulo.
Segundo denúncia dos pais, 12 alunos com idades entre 12 e 15 anos, estudantes da Escola Estadual Fernando Costa, teriam sido obrigados a ficar somente de cuecas e de cócoras durante uma revista feita por dois policiais, que estavam em busca de drogas e de armas.
O comando da Polícia Militar em Presidente Prudente (558 km a oeste de SP) investiga o caso e decide esta semana se abrirá uma sindicância ou um IPM (Inquérito Policial Militar).
Em nota oficial, a Secretaria da Educação do Estado afirma que "é totalmente contra esse tipo de medida e está tomando as providências necessárias para averiguar a veracidade dos fatos".
Um policial militar foi agredido em frente a uma escola estadual ontem na Freguesia do Ó, zona norte. O sargento Arnaldo Herbert Neto fazia ronda na Escola Estadual de Primeiro e Segundo Grau Jácomo Stávili.
Ele foi agredido a socos depois de tentar separar uma briga que aconteceu entre dez jovens em frente à escola.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, os jovens agressores não eram alunos do colégio.
Em Diadema, Grande São Paulo, uma bomba caseira explodiu no banheiro da escola estadual Evandro Esquivel. A explosão aconteceu às 21h20. Um estudante estava no banheiro e foi ferido por estilhaços.


Colaborou a Reportagem Local e a Agência Folha



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