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SEGURANÇA
Pessoas que foram presas já têm mais de 18 anos
Após rebeliões em Ribeirão, 37 internos são levados para presídio
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
DO "AGORA"
A Polícia Civil prendeu, na noite
de anteontem, 37 internos da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) de Ribeirão Preto maiores de 18 que participaram
de duas rebeliões nos últimos três
dias. Eles foram transferidos para
o presídio estadual de Avaré (SP).
Outro jovem foi preso, mas teve
a transferência adiada, pois está
no hospital. Eles foram indiciados
por motim, cárcere privado, formação de quadrilha e incêndio.
A Amar (Associação de Mães
dos Adolescentes em Risco) deve
fazer hoje reunião para pedir a
troca da direção regional.
Os infratores têm de 18 a 20 anos
e cumpriam medida socioeducativa na UI (Unidade de Internação) Ribeirão Preto, destinada a
reincidentes em crimes graves.
A Febem diz que a ordem de
prisão foi dada após acordo entre
o juiz da Infância e Juventude,
Guacy Sibille Leite, e o secretário
da Segurança Pública, Saulo de
Castro Abreu Filho. Os jovens foram presos em flagrante na presença de promotores e do juiz.
O ECA (Estatuto da Criança e
do Adolescente) prevê que o jovem infrator cumpra medida socioeducativa por até três anos,
mesmo que ele já tenha passado
de 18 anos -desde que o crime
seja anterior à maioridade. Os jovens foram presos por crimes cometidos quando já eram maiores.
Para a Comissão de Direitos
Humanos da OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil), as prisões
são ilegais, pois foram feitas na
Febem e sem advogados. A OAB
vai pedir relaxamento das prisões.
São Paulo
Internos da Unidade 3 da Febem da Vila Maria (zona norte de
São Paulo) fizeram uma rebelião
ontem de manhã. O motim começou às 9h30, enquanto a maioria
dos internos -96 no local- assistiam a aulas e durou cerca de 40
minutos. Uma pedagoga e uma
professora foram feridas.
Os jovens dominaram quatro
monitores e trancaram 30 funcionários em uma sala.
Funcionários disseram que os
internos exigiam que 16 adolescentes isolados no Módulo 4, fossem devolvidos ao convívio.
Segundo Nilson Gomes de Sena, diretor da unidade, os menores não faziam exigências.
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