São Paulo, sábado, 26 de junho de 2004

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FUNCIONALISMO

Manifestação em frente ao Palácio dos Bandeirantes, que reuniu vários sindicatos, terminou em tumulto

Suspensa greve dos servidores da Saúde

Sérgio Zacchi/Folha Imagem
Manifestantes tentam derrubar portões do Palácio dos Bandeirantes


DA REPORTAGEM LOCAL

Os servidores da Saúde de São Paulo decidiram ontem, em assembléia, suspender a greve da categoria, que começou em 10 de maio, e voltar ao trabalho na segunda-feira. A decisão foi tomada após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) condicionar a apresentação de um índice de reajuste salarial ao fim da greve.
Segundo a presidente do Sindisaúde, Célia Regina Costa, os servidores voltam a se reunir com o governo na segunda-feira. A categoria pedia 30% de reajuste sobre o total de vencimentos. O governo ofereceu 20% sobre as gratificações. Agora, o sindicato aceita negociar aumento de 60% sobre as gratificações, além do pagamento dos dias parados.
Ontem à tarde, protesto organizado pelos sindicatos dos servidores da Saúde, dos professores, que estão em estado de greve, dos agentes penitenciários, que reiniciaram ontem uma greve, de estudantes das Fatecs (Faculdades de Tecnologia) e da USP, além da CUT e de outras entidades sindicais, acabou em tumulto.
Os participantes -cerca de 1.200 pessoas, segundo a Polícia Militar- queriam pressionar o governo a negociar reajustes salariais. Como a polícia impediu o acesso do carro de som à avenida Morumbi, onde fica localizada a sede do governo, os manifestantes tentaram derrubar o portão principal do palácio.
Os manifestantes conseguiram abrir rapidamente o portão e a polícia usou jatos d'água e cassetetes para dispersar a multidão. Um rapaz ficou levemente ferido.
Uma comissão conseguiu se reunir com o secretário-adjunto da Casa Civil, Floriano Pesaro, para discutir as reivindicações. Também participaram do movimento militantes de partidos de oposição ao governo, como o PSTU e o PT. Para o secretário nacional de comunicação da CUT, Antonio Carlos Spis, o movimento tinha característica "essencialmente classista" e não "política".


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