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Laboratórios farmacêuticos afirmam não haver riscos para os consumidores
DA REPORTAGEM LOCAL
Os laboratórios farmacêuticos afirmam que os produtos
sem registro que estão no mercado e aqueles com validação
da Anvisa pendente não trazem
qualquer risco ao consumidor.
As empresas informaram
ainda que a falta de interesse
comercial nos produtos foi o
principal motivo de não realizarem os testes de bioequivalência e permitirem que os remédios perdessem os registros.
Todas afirmam ter parado a
produção das drogas -do contrário, estariam desrespeitando normas da Anvisa. Os testes
são um investimento alto, o que
justificou o desinteresse de algumas das empresas.
As indústrias que tiveram renovação automática do registro
sem que a Anvisa tivesse analisado a documentação por causa
do atraso do órgão público
aguardam seu posicionamento.
A Anvisa não obriga as empresas a retirar do mercado
produtos que perderam os seus
respectivos registros.
A Janssen-Cilag, fabricante
do Itranax, cujo registro foi indeferido, afirma ter programa
de recolhimento dos remédios
com seus distribuidores.
Paulo Agra, gerente de assuntos regulatórios da Neo
Química, disse que o estoque da
droga Neo-Eritromicin, com
registro vencido, está pulverizado no mercado.
A HB Farma, que produz o
Ampicler, cujo registro venceu,
informou que as vendas do produto não justificavam a realização da bioequivalência.
"Simplesmente não atendemos os requisitos", disse Odilon Costa, diretor de marketing
da UCI-Farma, produtora do
Anzopac, que teve o registro indeferido e produção paralisada.
O Quinoflox, da Biolab Sanus, que recebeu revalidação
automática de registro, apresentou a prova de bioequivalência, disse o laboratório, que
aguarda posição da Anvisa.
O Laboratório Teuto Brasileiro informou que o produto
Teutrin, cujo registro venceu,
foi descontinuado.
O diretor comercial do Laboratório Globo, Paulo Monteiro,
disse que a própria empresa decidiu pedir o cancelamento dos
registros dos antibióticos Ampicinal e Erimicina. "Já tinham
passado por outras provas."
Henrique Nunes, supervisor
de produção do laboratório Lafit, disse que a empresa pediu o
cancelamento do Bacterin F
em razão do alto custo do teste
de bioequivalência. "A própria
vigilância dá cobertura."
Também a MedQuímica confirmou o fim da produção de
seu Amplimed do mercado, cujo registro venceu recentemente. Mas os produtos ainda podem estar com distribuidores.
A Vitapan, que faz a doxilina,
remédio com o registro indeferido, disse não fabricar mais o
produto. A Cifarma, produtora
do Dispeptrin e do Pen-v-cil,
não quis se manifestar. O laboratório Delta, que faz o Ampicilon, não respondeu à Folha.
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