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CEUs ficam prontos apenas em dezembro
Ao contrário do que a prefeitura havia prometido, nem a parte pedagógica das 5 novas escolas será concluída em agosto
Secretário municipal da Educação explica que dificuldades com os terrenos causou o atraso, mas que obras começaram
DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
As cinco novas unidades dos
CEUs (Centros Educacionais
Unificados), prometidas para
agosto, só ficarão prontas em
dezembro. A informação é do
próprio secretário municipal
da Educação, Alexandre
Schneider. O problema, explica, não está no atraso das obras,
que já começaram, mas ocorreu na desapropriação dos terrenos escolhidos.
"Vários problemas burocráticos atrapalharam: tinha terreno invadido, outro sem desapropriação feita. Uma série de
amarras nos impediu de começar as obras no tempo certo e
causou o atraso", diz. Assim,
cerca de 14 mil crianças e jovens continuarão em colégios
com quatro turnos ou instaladas em locais inadequados.
É o caso da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Jardim Vila Nova, na zona
leste. Seus 540 alunos estudam
em cima de um supermercado
e convivem com o calor e com a
falta de espaço para recreio e
atividades físicas. Ex-alunos de
uma escola de latinha demolida
para dar lugar ao CEU Azul da
Cor do Mar, deveriam ser
transferidos no segundo semestre. Agora, terão de esperar
até o ano que vem se a prefeitura não conseguir adiantar pelo
menos parte das salas de aula
do bloco didático.
Anunciadas pelo ex-prefeito
José Serra (PSDB) em novembro de 2005, as novas unidades
dos CEUs, que ficam no Grajaú,
Jardim Ângela (ambos na zona
sul), Jaçanã/Tremembé (zona
norte), Itaquera e Cidades Tiradentes (zona leste), deveriam
ter a parte pedagógica entregue
em agosto e a cultural e esportiva em outubro.
No dia 13, em visita às obras
do CEU Tremembé/Jaçanã, o
prefeito Gilberto Kassab (PFL)
afirmou que deseja inaugurar
aquela unidade com tudo pronto no fim do ano. "Pretendemos
entregar o CEU Tremembé no
início de dezembro, para que as
crianças da região possam
aproveitar a piscina ainda no
verão e as atividades de lazer
durante as férias escolares."
O mesmo não ocorrerá com o
CEU Feitiço da Vila, no Jardim
Ângela. Lá, a estrutura pedagógica estará pronta em dezembro, mas a construção das quadras terá de esperar a desapropriação de terrenos vizinhos.
O secretário diz que, no segundo semestre, será criado
um grupo intersecretarial para
estudar a demanda das regiões,
a situação dos terrenos e a renegociação com as empreiteiras e, a partir daí, definir se serão feitos novos CEUs. "Havendo dinheiro e condições, não há
porque não fazer mais."
Também no próximo semestre a secretaria irá se dedicar à
programação de atividades das
EMIs (Escolas Municipais Integradas). Criadas em janeiro,
quando colégios municipais incorporaram 26 Clubes da Cidade e assim puderam passar a
oferecer cursos esportivos e
culturais aos estudantes, algumas precisavam de reformas.
Foi anunciada, na época, a
construção de telecentro, biblioteca e teatro, mas ainda não
há previsão para obras. "Algumas unidades estão funcionando melhor do que outras. Estamos trabalhando para que todas tenham atividades e, só então, pensaremos em obras."
Hoje, o governador do Estado, Cláudio Lembo (PFL), assina parceria com o prefeito, para
levar as atividades do projeto
Fábricas de Cultura à seis unidades dos CEUs. A partir de
agosto, crianças e jovens entre
7 e 19 anos terão mais vagas em
oficinas de artes, como música,
teatro, dança e cinema.
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