DA REPORTAGEM LOCAL

A placa de "Prefeitura trabalhando" na entrada da construção do CEU Vila Rubi, na região do Grajaú, zona sul da cidade, diz quem é a construtora responsável pelo projeto e quais as secretarias envolvidas, mas falta uma informação fundamental: o prazo de execução da obra está em branco. Como as demais unidades anunciadas no ano passado, ela está atrasada e tudo o que se vê são os alicerces do terreno ainda sendo erguidos, além de muita terra.
Há três meses, contam os moradores do local, os homens começaram a trabalhar onde antes ficava o campo de futebol do bairro. Hoje, são cerca de 70 funcionários aplanando o terreno, erguendo as primeiras estruturas. Uma outra placa, na rua Domingos Tarros, mostra a informação de que por lá não acontece nenhum acidente há 30 dias. O recorde foi de 77 dias. Não aconteceu nada grave, contam os trabalhadores, de capacete, tentando desviar o assunto: "foi apenas um acidente de trabalho corriqueiro".
Os vizinhos da obra passam pela calçada em frente e torcem para que ela acabe logo. Além do fim da poeira, eles querem seu local de lazer de volta. "Todo fim de semana, o campo ficava lotado. Era onde a gente se divertia com os amigos", conta Carlos Santos, 27, morador da região. "O pessoal da prefeitura disse que a escola estaria pronta em agosto, mas, como sempre, ficou só na promessa. Ainda vai demorar para termos nosso espaço de novo."
As estudantes Diana Alves e Jéssica Vidal, ambas de 15 anos, não vêem a hora de poder usar a piscina do CEU. "Vai ser bem melhor para todo mundo. Hoje, se a gente quer lazer, tem de ir até o Sesc Interlagos, que é longe. Quando inaugurarem, poderemos vir a pé", diz Diana. A colega Jéssica torce para que o CEU abra antes do verão. "Só falta o calor chegar e a piscina não estar pronta. Não sei porque demoram tanto." (DT)


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