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Tiroteio fecha pista do Galeão e atrasa vôos
O confronto aconteceu a 3 km do aeroporto do Rio, e o fechamento foi necessário para avaliar as condições de segurança
Congonhas e Cumbica tiveram de aumentar espaçamento entre vôos para o Rio; às 19h30 havia 10,3% de atrasos no país
DA SUCURSAL DO RIO
Uma troca de tiros entre supostos traficantes do morro do
Dendê e PMs a cerca de três
quilômetros do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador,
zona norte do Rio, provocou o
fechamento de uma das pistas
para pousos e decolagens durante mais de 20 minutos no final da manhã de ontem.
Com isso, houve atraso e
maior espaçamento nos pousos
e decolagens na outra pista do
Galeão e reflexos também nos
aeroportos de Congonhas (zona sul de São Paulo) e Guarulhos (Grande São Paulo), que
aumentaram o intervalo entre
as decolagens rumo ao Rio. Segundo a Infraero, não houve
suspensão de vôos.
O fechamento da pista cuja
cabeceira fica a três quilômetros do local do confronto armado ocorreu por volta das
11h30, início de um dos horários de pico no aeroporto, que
se estende até as 14h.
Durante o fechamento foram
analisadas as condições de segurança do local para pousos e
decolagens.
O incidente aconteceu no
primeiro dia útil após a implantação do plano de emergência
adotado pelo governo federal
para acabar com o protesto dos
controladores de vôo e conter a
mais recente crise nos aeroportos, iniciada no último dia 19.
Apesar do fechamento da
pista e do maior espaçamento
entre os vôos, às 19h30 de ontem o balanço da Infraero
apontava que, dos 1.546 vôos
programados, 160 (10,3%) tiveram mais de uma hora de atraso e 75 (4,8%) foram cancelados. Na última sexta-feira, até
as 18h, os vôos atrasados representavam 32,4%, e os cancelados, 8,9%.
A interdição de uma das pistas do Galeão acabou por sobrecarregar a que continuou a operar, gerando os atrasos e o aumento do espaçamento.
Cinco vôos provenientes de
São Paulo sofreram atrasos
nesse período: três de Congonhas e dois de Guarulhos. Segundo a Infraero, os atrasos foram de 20 a 30 minutos.
Até as 19h30, o Galeão registrava 18 vôos com atrasos superiores a uma hora, de um total
de 144 programados. Fatores
climáticos também influenciaram nos atrasos.
O comando da Aeronáutica
divulgou nota em que confirmou que "um tiroteio nas proximidades do aeroporto do Galeão interrompeu a operação
em uma de suas pistas".
Segundo a Aeronáutica, os
órgãos de controle assumiram
um "gerenciamento de fluxo
nas aeronaves da ponte aérea".
O comando da Aeronáutica ressaltou ainda que, devido a condições meteorológicas, o aeroporto Santos Dumont, no Rio,
operava por instrumentos, o
que contribuiu para aumentar
a distância entre as aeronaves.
Apesar de reconhecer os efeitos do tiroteio, a nota da Aeronáutica termina informando
que não houve registro de qualquer restrição de controle de
tráfego aéreo no país.
No aeroporto internacional,
a Polícia Federal recebeu uma
informação da Infraero de que
a troca de tiros havia se estendido para uma área dentro do
Galeão.
Equipes da PF vasculharam a
região do aeroporto internacional por duas vezes, mas não encontraram indícios de tiroteio
ou de invasão.
Na noite de domingo, houve
um choque das asas de dois
aviões que taxiavam na pista do
aeroporto de Congonhas. Não
houve feridos.
(JANAINA LAGE)
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