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Confronto deixou 3 suspeitos mortos e 2 feridos por bala perdida
MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO
O tiroteio e a perseguição da
PM a supostos traficantes no
morro do Dendê, na Ilha do Governador, zona norte do Rio
-que provocaram a interrupção do funcionamento de uma
pista do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) na
manhã de ontem- terminaram
com três mortos, dois feridos
por balas perdidas e três presos. Duas cabines da PM e a delegacia da Ilha foram atacadas.
A interrupção da pista aconteceu depois que a PM realizou
operação para capturar líderes
do tráfico de drogas no morro
do Dendê. Na ação, houve troca
de tiros e dois supostos traficantes foram presos.
Em represália, segundo a polícia, grupos de criminosos desceram do morro, armados de
fuzis e pistolas. Divididos em
pelo menos três bandos, eles
atacaram uma cabine da PM no
bairro do Moneró e outra no
Jardim Guanabara, bairros de
classe média.
A quadrilha roubou sete carros. Um deles pertencia a um
inspetor da Polícia Civil que
avisou sobre os roubos.
Em seguida, um dos grupos
metralhou a fachada da 37ª DP
(Ilha do Governador), no bairro
do Cacuia. Nesse momento, o
empresário Ludovico Ramalho
Bruno -pai de um dos agressores de uma empregada doméstica no Rio- foi atingido por estilhaços de balas de fuzil. A funcionária de um banco que fica próximo à delegacia foi ferida de
raspão na cabeça.
Depois do ataque à delegacia,
a PM iniciou perseguição a um
grupo de cinco suspeitos. Durante a perseguição, houve nova troca de tiros.
Na tentativa de voltar ao
morro e fugir da PM, os suspeitos invadiram uma casa e um
apartamento em ruas que servem de acesso ao morro.
Houve novo confronto. Segundo a polícia, três supostos
traficantes foram mortos, um
foi preso e o outro fugiu.
Outra conseqüência da operação e perseguição na Ilha do
Governador foi o pânico entre
estudantes. Alunos do Colégio
Paranapuã, localizado na estrada do Dendê se assustaram com
o barulho dos tiros. Muitos
choraram e se jogaram no chão.
Os alunos só deixaram a escola
acompanhados dos pais, ou autorizados por eles.
No fim da manhã, a aposentada Ilze Vidal, 60, moradora
do bairro Jardim Guanabara,
esteve na 37ª DP para registrar
queixa contra PMs. Segundo
ela, o helicóptero da PM que
apoiava a operação atirou em
direção ao seu apartamento. A
secretaria de Segurança afirmou que vai apurar o caso.
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