São Paulo, terça-feira, 26 de junho de 2007

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Confronto deixou 3 suspeitos mortos e 2 feridos por bala perdida

MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO

O tiroteio e a perseguição da PM a supostos traficantes no morro do Dendê, na Ilha do Governador, zona norte do Rio -que provocaram a interrupção do funcionamento de uma pista do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) na manhã de ontem- terminaram com três mortos, dois feridos por balas perdidas e três presos. Duas cabines da PM e a delegacia da Ilha foram atacadas.
A interrupção da pista aconteceu depois que a PM realizou operação para capturar líderes do tráfico de drogas no morro do Dendê. Na ação, houve troca de tiros e dois supostos traficantes foram presos.
Em represália, segundo a polícia, grupos de criminosos desceram do morro, armados de fuzis e pistolas. Divididos em pelo menos três bandos, eles atacaram uma cabine da PM no bairro do Moneró e outra no Jardim Guanabara, bairros de classe média.
A quadrilha roubou sete carros. Um deles pertencia a um inspetor da Polícia Civil que avisou sobre os roubos.
Em seguida, um dos grupos metralhou a fachada da 37ª DP (Ilha do Governador), no bairro do Cacuia. Nesse momento, o empresário Ludovico Ramalho Bruno -pai de um dos agressores de uma empregada doméstica no Rio- foi atingido por estilhaços de balas de fuzil. A funcionária de um banco que fica próximo à delegacia foi ferida de raspão na cabeça.
Depois do ataque à delegacia, a PM iniciou perseguição a um grupo de cinco suspeitos. Durante a perseguição, houve nova troca de tiros.
Na tentativa de voltar ao morro e fugir da PM, os suspeitos invadiram uma casa e um apartamento em ruas que servem de acesso ao morro.
Houve novo confronto. Segundo a polícia, três supostos traficantes foram mortos, um foi preso e o outro fugiu.
Outra conseqüência da operação e perseguição na Ilha do Governador foi o pânico entre estudantes. Alunos do Colégio Paranapuã, localizado na estrada do Dendê se assustaram com o barulho dos tiros. Muitos choraram e se jogaram no chão. Os alunos só deixaram a escola acompanhados dos pais, ou autorizados por eles.
No fim da manhã, a aposentada Ilze Vidal, 60, moradora do bairro Jardim Guanabara, esteve na 37ª DP para registrar queixa contra PMs. Segundo ela, o helicóptero da PM que apoiava a operação atirou em direção ao seu apartamento. A secretaria de Segurança afirmou que vai apurar o caso.


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