DA REPORTAGEM LOCAL

Uma opção para quem bebeu na balada e quer saber se corre risco de levar uma multa em uma blitz é carregar na bolsa um bafômetro descartável e fazer um teste antes de dirigir.
A Folha adquiriu bafômetros descartáveis -os chamados etilotestes- da marca Contralco, homologada pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), por R$ 14 a unidade. A compra pode ser por telefone ou em sites de empresas de produtos farmacêuticos ou de segurança do trabalho.
Anteontem, após consumir substâncias alcoólicas e submeter-se ao teste em um bafômetro da PM, a reportagem fez a contraprova usando os descartáveis e verificou resultados semelhantes. Apesar da correspondência, o bafômetro descartável não é tão preciso quanto o digital. Ele mostra apenas se o motorista ultrapassou ou não os 0,3 miligramas de álcool por litro de ar expelido -o suficiente para ir preso.
Não é possível saber, por exemplo, se o nível de álcool chegou ou não aos 0,1 mg/l -motivo para multa de R$ 955 e suspensão da habilitação por um ano-, já que o resultado não é dado em valores numéricos, mas através da mudança de cor de cristais de cromo sensíveis ao álcool no ar expirado.
O Denatran credencia seis modelos de etilômetros (bafômetros digitais) e dois etilotestes (bafômetros descartáveis). Todos eles, segundo o órgão, podem ser usados pela polícia.
Pela nova lei, há dois tipos de unidade de medida aceitos: decigramas de álcool por litro de sangue (dg/l, verificado por exame sangüíneo) e miligramas de álcool por litro de ar expelido (mg/l, verificado pelo teste do bafômetro). A relação é de 2 dg/l para 0,1 mg/l.
(RICARDO SANGIOVANNI)


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