São Paulo, sexta-feira, 26 de junho de 2009

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Controle da gripe em fronteiras é ampliado

Caminhoneiros que entram no país por São Borja (RS) e Dionísio Cerqueira (SC) precisam preencher declaração de saúde

Hospital em Porto Alegre faz primeiro contato com pacientes suspeitos de ter a doença em contêiner para reduzir risco de contágio

PABLO SOLANO
GUSTAVO HENNEMANN
DA AGÊNCIA FOLHA

Como forma de combater a gripe suína no país, as ações de controle em fronteiras do Sul com a Argentina estão sendo intensificadas.
Fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passaram a controlar agora também a chegada de caminhoneiros ao Brasil. Anteriormente, o foco era apenas os passageiros de ônibus.
Os caminhoneiros que entram no país por São Borja (RS) e Dionísio Cerqueira (SC) precisam preencher desde anteontem a Declaração de Saúde do Viajante, que colhe informações sobre sintomas da gripe.
Em Uruguaiana (RS), os viajantes preenchem o documento desde a semana passada. Na cidade, também ocorre a orientação dos caminhoneiros por meio de palestras.
O órgão diz que a prioridade é cadastrar os passageiros de ônibus para facilitar a localização de quem viajou em poltronas próximas a pessoas que desenvolveram sintomas da gripe.
Motoristas de carros particulares não são obrigados a preencher o formulário até o momento, mas também podem ser abordados pelos fiscais.
A Secretaria da Saúde do RS pretende ampliar o horário de atendimento em 40 unidades de saúde de Porto Alegre devido à nova gripe. A capital também descentralizou o atendimento de casos suspeitos. O trabalho era concentrado no Hospital Conceição, mas agora acontece em seis unidades.
Para diminuir o risco de novos contágios, o primeiro contato com quem apresenta os sintomas é feito em um contêiner no pátio do hospital.

Voos
O vírus da gripe suína já teve impacto no tráfego aéreo mundial de passageiros em maio. No México, epicentro da doença, a quantidade de voos caiu quase 40%, segundo a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo).
Ela estima que a gripe suína tenha motivado uma redução global de 1% no tráfego de passageiros no mês passado.
A queda no movimento aéreo mundial foi de 9,3% em relação ao mesmo período de 2008 -boa parte da redução se deve a outros fatores, como a crise econômica internacional.
No Brasil, dados da Infraero (empresa de infraestrutura aeroportuária) mostram que houve uma queda de 5,6% na quantidade de voos internacionais em maio em relação ao mesmo mês do ano anterior. No movimento aéreo total (incluindo os voos nacionais), houve aumento de 8%.


Colaboraram a Reportagem Local, a Folha Online e agências internacionais


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