São Paulo, sábado, 26 de junho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

por aí

Casarão do Geni na Bela Cintra é demolido para virar prédio

O casarão centenário e bem conservado que ficava no número 539 da rua Bela Cintra, região central, foi demolido nesta semana.
Desde 2005, o local abrigava o bar Geni, um dos mais badalados da região e que foi fechado no final de maio.
O local foi doado à Santa Casa, em testamento, por Synesio Rangel Pestana, antigo diretor clínico da instituição. Uma cláusula proibia a venda, mas, em 2005, a entidade conseguiu cancelar esse impedimento na Justiça e vendeu o imóvel neste ano.
"Tentei fazer uma contraproposta, mas me disseram que o valor oferecido foi de R$ 3,5 milhões, o dobro do de mercado", disse o empresário Maurizio Longobardi, um dos donos do bar. A Santa Casa não confirma o valor.
Famoso por seus cômodos amplos, o casarão deve dar lugar, segundo apurou a Folha, a um edifício comercial de 11 andares.
"Lamento o fato de uma casa de 1890, esplendorosa, ser substituída por um prédio", afirmou Longobardi.
O provedor da Santa Casa, Kalil Rocha Abdalla, confirmou que o terreno de 884 m2 foi vendido para uma construtora. Segundo ele, a instituição "tem muitos imóveis" e não há como controlar o destino daqueles vendidos.
A demolição surpreendeu a presidente da associação dos moradores, Célia Marcondes. "Se soubéssemos [dessa possibilidade], teríamos pedido o tombamento."
"Se a casa tivesse importância histórica, estaria tombada", disse Abdalla, da Santa Casa, para quem "não dá para impedir o progresso".

NÃO É POR AÍ
POÇA NA VILA OLÍMPIA CHEIRA MAL

O professor Antônio do Nascimento, cego de nascença, reconhece a esquina das ruas Sansão e Mário Gonçalves da Silva, na Vila Olímpia, pelo mau cheiro. "Tenho de aguçar a bengala para não pisar na água podre", diz.
Reclamação dos moradores há quatro meses, a Sabesp diz que o esgoto aberto não é vazamento da rede, que a poça foi formada pelo desnível do meio-fio com a rua e que a responsabilidade é da subprefeitura.
Procurada ontem, a Subprefeitura de Pinheiros não se manifestou sobre a reclamação dos moradores.

DOIS OLHARES GRANJA JULIETA

"Aqui não tem trânsito, não se ouve falar em violência"
"A melhor coisa são os arvoredos, os passarinhos, os saguis"

"Encontro as pessoas na rua e às vezes paro só para conversar"

"[No início] Não tinha água encanada e a gente chegou a buscar água no poço artesiano da praça"

JOSÉ ROQUE, 83
português, era motorista de ônibus. Mora no bairro desde 95 e estava no entorno do parque Severo Gomes

"Aqui é seguro, mas mais ou menos. Já roubaram minha casa, a sorte é que eu não estava lá"

"Eu gosto bastante da Granja por causa da hípica Santo Amaro, onde treino. O bairro também é tranquilo e não tem muito trânsito"

"O verde é a cara da Granja. Mas o bairro é fraco de lazer, tem que fazer tudo fora daqui"
ANDRÉ CAMPOS FREIRE, 19 cavaleiro e estudante de administração de empresas. Chegou de Ribeirão Preto há um ano

MOOCA

Parque das Flores vai oferecer curso de jardinagem

DE SÃO PAULO - Pioneiro no uso de restos de poda da cidade para fazer adubo orgânico, o parque das Flores (telefone 2694-8179) passará a oferecer cursos de cultivo de ervas medicinais e de temperos. O local também tem um projeto social que já formou em jardinagem 22 moradores de albergues. Hoje eles trabalham em viveiros de mudas que abastecem as áreas verdes do município.

"JOGO DO BICHO"

Votação escolhe animal símbolo da fauna da cidade

DE SÃO PAULO -A campanha "Qual Bicho Tem a Cara de São Paulo" abriu votação para escolher o animal silvestre que simboliza a capital paulista. Entre os concorrentes estão o pica-pau-de-banda-branca, o periquito-rico e a perereca flautinha. Foram escolhidos 15, entre 700 catalogados. A votação acontece até outubro por meio do site www.prefeitura.sp.gov.br.

Turismo... Dom Quixote e Sancho Pança gigantes, expostos no Conjunto Nacional, na Paulista, viraram ponto turístico. Na hora do almoço, até os engravatados da região aproveitam para posar para fotos ao lado dos personagens.

...Doméstico Os personagens de Cervantes fazem parte de exposição itinerante e são feitos de material reciclável. Quixote leva 2.000 latinhas de refrigerante, e o cavalo Rocinante é feito com objetos como ferro de passar e óculos.

Por ALESSANDRA BALLES, com ADRIANO BRITO, FELIPE CARUSO, VANESSA CORREA E VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO



Texto Anterior: Rinaldo Rocha (1919-2010): A última vez que remou nas águas do rio Tietê
Próximo Texto: Foco: Museu do Café reabre depois de reforma de R$ 200 mil
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.