Estatal conclui que não poderá contratar FGV

ANDREZA MATAIS
LEILA COIMBRA
DE BRASÍLIA

O concurso dos Correios, atrasado há seis meses, sofreu novo golpe: a estatal concluiu que terá de desqualificar a FGV (Fundação Getulio Vargas) por inexperiência em concursos deste porte.
A prova, inicialmente prevista para agosto, atrasará novamente -e não tem nova data. Há 1 milhão de inscritos, para 6.565 vagas.
A segunda colocada, Cesgranrio, com proposta R$ 400 mil acima da FGV (R$ 26,57 milhões, ante R$ 26,16 milhões), será contratada, também sem licitação.
A estatal recolheu o dinheiro da inscrição sem contratar a empresa que vai elaborar e aplicar a prova, o que não é usual. Foram arrecadados R$ 35 milhões.
O processo atrasou porque os Correios queriam contratar sem licitação a empresa, alegando que ela deveria ter notória competência.
O Ministério das Comunicações levou em maio o pedido de dispensa ao Tribunal de Contas da União. A demora do TCU na autorização foi um dos motivos do atraso.
Mas estatal se enrolou desde o início. O edital saiu em dezembro; as inscrições, em janeiro e fevereiro. Mesmo se houver a prova neste ano, os aprovados não poderão ser chamados até janeiro devido a restrições eleitorais.


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