São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 2002

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ADMINISTRAÇÃO

Órgãos tentam driblar a precariedade

Regionais viram subprefeituras, mas ainda continuam sucateadas

DO "AGORA"

Sedes em estado precário. Orçamento escasso. Falta de carros. Essa é a situação das subprefeituras de São Paulo. Elas surgiram no último dia 1º, quando a prefeita Marta Suplicy (PT) assinou o decreto que alterou as funções das 28 administrações regionais.
Com a mudança, os ex-administradores regionais passarão a gerenciar um orçamento próprio, realizar licitações e executar obras, o que antes era feito pelas secretarias municipais.
Mas a autonomia não se refletiu ainda nas condições de trabalho, e muitos problemas que se arrastam há anos persistem nas subprefeituras. A reportagem visitou essas unidades entre os dias 14 e 21 e solicitou informações referentes à estrutura. Os dados foram comparados aos resultados de uma pesquisa semelhante, feita em outubro do ano passado.
Em 2001, de uma frota de 1.105 veículos, apenas 441 (40%) funcionavam. No levantamento atual foram registrados 1.035 veículos, dos quais 520 (50%) funcionam, 118 estão em manutenção e 397 serão inutilizados pela prefeitura.
Para amenizar o problema, as subprefeituras estão alugando e recuperando carros.
Mas não só a frota tem problemas. Algumas sedes continuam funcionando em locais improvisados. A da subprefeitura de Pirituba (zona norte) divide o prédio com a Biblioteca Municipal Brito Broca. Segundo a chefia de gabinete, já há um terreno público onde pode ser construída a sede. Porém, não há verba para a obra.
No Jabaquara (zona sul), a sede, alugada, funciona em um antigo hospital psiquiátrico. A futura sede deve ser construída na avenida Eng. Armando Arruda Pereira.
Em São Mateus, a subprefeitura funciona em um prédio onde era uma escola que foi interditada pelo Contru (Departamento de Controle e Uso de Imóveis). A do Itaim Paulista, na mesma zona leste, continua funcionando em um antigo sacolão.
Para o secretário municipal de Subprefeituras, Jilmar Tatto, a falta de recursos é a principal causa para a demora na solução dos muitos problemas.
"Temos de ser criativos para, com a verba que temos, atender a população", afirmou Tatto.
O orçamento para as subprefeituras neste ano foi de R$ 257,7 milhões -incluindo os gastos com folha de pagamento.
Para 2003, segundo Tatto, a expectativa é que a verba seja aumentada em R$ 50 milhões.


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