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ADMINISTRAÇÃO
Órgãos tentam driblar a precariedade
Regionais viram subprefeituras, mas ainda continuam sucateadas
DO "AGORA"
Sedes em estado precário. Orçamento escasso. Falta de carros.
Essa é a situação das subprefeituras de São Paulo. Elas surgiram no
último dia 1º, quando a prefeita
Marta Suplicy (PT) assinou o decreto que alterou as funções das
28 administrações regionais.
Com a mudança, os ex-administradores regionais passarão a
gerenciar um orçamento próprio,
realizar licitações e executar
obras, o que antes era feito pelas
secretarias municipais.
Mas a autonomia não se refletiu
ainda nas condições de trabalho, e
muitos problemas que se arrastam há anos persistem nas subprefeituras. A reportagem visitou
essas unidades entre os dias 14 e
21 e solicitou informações referentes à estrutura. Os dados foram comparados aos resultados
de uma pesquisa semelhante, feita
em outubro do ano passado.
Em 2001, de uma frota de 1.105
veículos, apenas 441 (40%) funcionavam. No levantamento atual
foram registrados 1.035 veículos,
dos quais 520 (50%) funcionam,
118 estão em manutenção e 397
serão inutilizados pela prefeitura.
Para amenizar o problema, as
subprefeituras estão alugando e
recuperando carros.
Mas não só a frota tem problemas. Algumas sedes continuam
funcionando em locais improvisados. A da subprefeitura de Pirituba (zona norte) divide o prédio
com a Biblioteca Municipal Brito
Broca. Segundo a chefia de gabinete, já há um terreno público onde pode ser construída a sede. Porém, não há verba para a obra.
No Jabaquara (zona sul), a sede,
alugada, funciona em um antigo
hospital psiquiátrico. A futura sede deve ser construída na avenida
Eng. Armando Arruda Pereira.
Em São Mateus, a subprefeitura
funciona em um prédio onde era
uma escola que foi interditada pelo Contru (Departamento de
Controle e Uso de Imóveis). A do
Itaim Paulista, na mesma zona
leste, continua funcionando em
um antigo sacolão.
Para o secretário municipal de
Subprefeituras, Jilmar Tatto, a falta de recursos é a principal causa
para a demora na solução dos
muitos problemas.
"Temos de ser criativos para,
com a verba que temos, atender a
população", afirmou Tatto.
O orçamento para as subprefeituras neste ano foi de R$ 257,7 milhões -incluindo os gastos com
folha de pagamento.
Para 2003, segundo Tatto, a expectativa é que a verba seja aumentada em R$ 50 milhões.
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