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O OUTRO LADO DA RUA
Imagens resultaram em 22 prisões
Aposentada que filmou tráfico em Copacabana é tirada do Estado do RJ
DA SUCURSAL DO RIO
A aposentada de 80 anos que,
durante dois anos, filmou da janela de sua casa a movimentação de
traficantes armados e de usuários
de drogas em Copacabana, na zona sul do Rio, está desde as 10h de
anteontem fora do Estado.
Ela ingressou no Provita (Programa Estadual de Proteção à
Testemunha), da Secretaria Estadual de Direitos Humanos em
parceria com o governo federal.
Atualmente, 64 pessoas são assistidas pelo Provita. Os nomes
não são revelados. As testemunhas são levadas para o interior
do Estado, para fora dele ou até
mesmo para o exterior.
Os locais são escolhidos pela
ONG Centro de Direitos Humanos de Petrópolis (65 km do Rio).
Entre os que já receberam proteção estão seis sobreviventes da
chacina que fez 29 vítimas na Baixada Fluminense em março.
O Provita foi criado em 1999.
Por ele já passaram mais de mil
pessoas. Seu custo mensal varia
entre R$ 125 mil e R$ 200 mil, sendo que 70% dos recursos são repassados pelo governo estadual.
As imagens feitas pela aposentada serviram de base para a investigação feita pela Secretaria de
Segurança Pública que resultou
na prisão de 22 pessoas, sendo nove PMs. Eles foram flagrados em
escutas telefônicas negociando
com traficantes da favela da ladeira dos Tabajaras. Ontem, a Justiça
decretou a prisão temporária (30
dias) de 12 pessoas já presas, sendo sete delas policiais militares.
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