São Paulo, sexta-feira, 26 de agosto de 2005

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O OUTRO LADO DA RUA

Imagens resultaram em 22 prisões

Aposentada que filmou tráfico em Copacabana é tirada do Estado do RJ

DA SUCURSAL DO RIO

A aposentada de 80 anos que, durante dois anos, filmou da janela de sua casa a movimentação de traficantes armados e de usuários de drogas em Copacabana, na zona sul do Rio, está desde as 10h de anteontem fora do Estado.
Ela ingressou no Provita (Programa Estadual de Proteção à Testemunha), da Secretaria Estadual de Direitos Humanos em parceria com o governo federal.
Atualmente, 64 pessoas são assistidas pelo Provita. Os nomes não são revelados. As testemunhas são levadas para o interior do Estado, para fora dele ou até mesmo para o exterior.
Os locais são escolhidos pela ONG Centro de Direitos Humanos de Petrópolis (65 km do Rio). Entre os que já receberam proteção estão seis sobreviventes da chacina que fez 29 vítimas na Baixada Fluminense em março.
O Provita foi criado em 1999. Por ele já passaram mais de mil pessoas. Seu custo mensal varia entre R$ 125 mil e R$ 200 mil, sendo que 70% dos recursos são repassados pelo governo estadual.
As imagens feitas pela aposentada serviram de base para a investigação feita pela Secretaria de Segurança Pública que resultou na prisão de 22 pessoas, sendo nove PMs. Eles foram flagrados em escutas telefônicas negociando com traficantes da favela da ladeira dos Tabajaras. Ontem, a Justiça decretou a prisão temporária (30 dias) de 12 pessoas já presas, sendo sete delas policiais militares.


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