RANIER BRAGON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Uma rebelião na manhã de ontem na Delegacia de Furtos e Roubos de Belo Horizonte, no centro da cidade, deixou cinco presos e dois policiais civis feridos.
O motim teria ocorrido durante tentativa de fuga. O local comportava ontem 311 presos, quase três vezes sua capacidade de lotação -110 detentos. A delegacia registrou nos últimos anos várias tentativas de fuga, nas quais alguns presos chegaram a escapar.
Segundo a Polícia Civil, 15 presos da cela 7 dominaram o policial Getúlio Tomáz Arcanjo, durante o banho de sol, e o usaram como refém em uma tentativa de fuga.
"Pelo armamento que foi apreendido, o ânimo deles era de uma guerrilha, eles estavam preparados para qualquer coisa. Não tivemos outra opção a não ser conter a rebelião a tiros", disse o delegado Marcelo Machado.
A polícia apresentou dez chuços (arma com extremidade perfurante), barras de ferro, uma foice e um facão como sendo as armas usadas pelos amotinados.
Cinco presos -Sidnei Ubirajara dos Santos, Antônio Marcos Souza, Edmilson Ferreira, Marcelo da Silva Maneia e Paulo Luciano Ferreira (suas idades não foram divulgadas)- acabaram sendo baleados e foram levados para o hospital de pronto-socorro João 23, no centro da cidade.
O policial Arcanjo sofreu perfuração no pescoço e também foi socorrido no João 23. Outro policial, Geraldo Lúcio Guimarães, sofreu escoriações leves pelo corpo. Nenhum dos feridos corria risco de morte.
Segundo o delegado Machado, as armas utilizadas pelos presos teriam sido jogadas por cima do muro da delegacia. Ele disse que os 15 detentos da cela onde houve a rebelião serão autuados por tentativa de homicídio e deverão ser transferidos para outro local.



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