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TRANSPORTE
Projeto de lei da prefeitura prevê 4.984 vagas na cidade e a implantação de um sistema integrado de linhas
Nova proposta reduz atuação de perueiros
GILMAR PENTEADO
DA REPORTAGEM LOCAL
A nova proposta da Prefeitura
de São Paulo para reorganizar o
transporte coletivo reduz a atuação de perueiros legalizados na cidade. O projeto de lei com as mudanças chegou ontem à Câmara
Municipal e vai tramitar em regime de urgência.
Existem hoje cerca de 6.000 perueiros legalizados em caráter
provisório, segundo dados da Secretaria dos Transportes. Só que o
projeto que prevê a implantação
de um sistema integrado estabelece 4.984 vagas para o chamado
subsistema local -onde os perueiros devem atuar.
Esse dado contraria as primeiras informações do governo, que
apontavam para a oferta de também 6.000 vagas no novo sistema.
O secretário dos Transportes,
Carlos Zarattini, afirmou, no entanto, que manterá todos os
atuais perueiros rodando. "São
4.984 inicialmente, mas vamos
ampliar esse número", disse.
Apesar disso, esse número é
maior que o previsto no projeto
elaborado, no ano passado, pelo
ex-prefeito Celso Pitta (PTN), que
estabelecia o aproveitamento de
4.042 perueiros legalizados.
As vagas do subsistema local
vão ser disputadas por "pessoas
físicas, operadores individuais organizados ou não em cooperativas, proprietários ou co-proprietários de veículos de transporte
coletivo de passageiros".
De acordo com o líder do governo na Câmara Municipal, vereador José Mentor (PT), isso quer
dizer que esse sistema vai ser operacionalizado por ônibus, microônibus, miniônibus e peruas.
Ou seja: os perueiros atuais ainda
vão ter de disputar essas vagas
com outros interessados.
Conforme a Folha publicou na
edição do dia 11 de agosto, os perueiros legalizados ainda vão ter
um prazo fixado pelo município
para substituir vans e peruas por
microônibus e miniônibus.
O projeto do Executivo prevê a
criação de um sistema integrado
de transporte coletivo em São
Paulo. Com isso, o transporte vai
ser dividido em subsistema estrutural -linhas com demandas
maiores que liguem diversas regiões da cidade- e subsistema
local, formado por linhas para
atender demandas internas de
uma mesma região e que alimentem o subsistema estrutural.
Pelo projeto, a concessão -exploração que pode ser precedida
de obras públicas, nos casos de linhas estruturais- vai valer por
25 anos e a permissão -no caso
de linhas locais- por sete. Tanto
a concessão quanto a permissão
ocorrerão por meio de licitação.
O regime de urgência, pedido
para o projeto, prevê a votação da
proposta pelo plenário em 30
dias, tendo ou não pareceres das
comissões técnicas da Câmara.
Depois disso, o serviço de transporte ainda tem de ser regulamentado por meio de um decreto
da prefeitura. Os atuais contratos
do transporte coletivo vencem em
abril do ano que vem.
Colaborou ALENCAR IZIDORO,
da Reportagem Local, e o "Agora"
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