São Paulo, sábado, 26 de setembro de 2009

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Defesa Civil decide demolir um imóvel e interdita outros cinco

DA REPORTAGEM LOCAL

Após vistoria, a Defesa Civil de Santo André ordenou a demolição de um imóvel e a interdição de mais cinco nas proximidades de onde ocorreu a explosão. Outros quatro imóveis foram destruídos na explosão.
A liberação depende de reparos estruturais. O diretor da Defesa Civil, João Batista Camargo, disse que não correm risco de serem condenadas.
A vistoria concluiu que 21 casas que estavam interditadas não tiveram estruturas abaladas. Elas serão liberadas após a limpeza das ruas afetadas.
Camargo afirmou que a previsão era permitir o acesso a todos os imóveis até o final da tarde. Na noite de ontem, o acesso à área ainda era restrito.
Assistentes sociais estavam ontem cadastrando os moradores afetados. As famílias que vivem nas casas interditadas poderão receber apoio da Secretaria Municipal da Habitação.
Moradora há dez anos de um dos 21 imóveis liberados ontem, a vendedora Elizabeth da Silva, 52, voltou para casa sem saber quem arcará com o prejuízo causado pela explosão.
"Perdi tudo, geladeira, fogão, videocassete, liquidificador e até minha cama. Vou ter de dormir no sofá", diz. "Pedi a prefeitura que me levasse para um hotel barato, mas ao contrário do que eles dizem não me ofereceram nada até agora. Passei a noite passada na casa da minha filha."
Só na casa em que Elizabeth vive de aluguel há três áreas residenciais e dois pontos comerciais -um salão de beleza e uma malharia.
Procurada ontem, a Prefeitura de Santo André não comentou se vai dar algum tipo de assistência às famílias.

Enterro
A doméstica Ana Maria de Oliveira Martins, 58, que morreu na explosão, não deveria estar na casa nos fundos anteontem. Segundo a família, ela estava de folga. "Não sei por que ela quis ir. Ela acordou e pediu para que eu a levasse ao trabalho", disse o marido, José Carlos Martins, 64.
Ana Maria foi enterrada na manhã de ontem no cemitério Curuçá, em Santo André.
Dos 12 feridos, os dois últimos a receber alta deixaram ontem o hospital: Sônia Maria Castellani, 63s, mãe do comerciante, e o vizinho dele, o mecânico Wagner Jesus Montari, 48.


Colaborou o "Agora"


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