São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2010

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Emprego faz Araraquara subir e São Caetano cair

Cidade do interior de SP avança três posições e chega ao topo do ranking

Na ex-líder São Caetano, expectativa oficial é de melhora no próximo IFDM; performance em saúde faz de Macaé a 11ª

HÉLIA ARAUJO
ENVIADA ESPECIAL A ARARAQUARA
PEDRO SOARES
ENVIADO ESPECIAL A MACAÉ
ALADIM LOPES GONÇALVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cidade com o maior IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal) do país em 2007, Araraquara avançou três posições em relação a 2006 -era a quarta- movida pela expansão do emprego.
Maior empregadora local, a Lupo, fabricante de meias, admitiu 610 pessoas em 2007, como Juliana Cristina Corvello, 21, contratada como ajudante de produção.
"Foi meu primeiro emprego. Posso dizer que aquele ano mudou completamente a minha vida. Passei de estudante para profissional. Um ano depois, fui promovida."
Segundo o gerente de recursos humanos, Carlos Alberto Gonçalves, no final de 2007, 3.040 trabalhavam na fábrica em Araraquara -hoje, são 4.410 funcionários.
Dados do Ministério do Trabalho apontam expansão de 59% em dez anos no mercado formal de emprego.

SÃO CAETANO
Na 13ª posição em 2007, São Caetano do Sul perdeu o primeiro lugar obtido no ano anterior justamente em razão da piora no emprego e renda -esse indicador específico teve um recuo de 14,1%.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Relações de Trabalho, Celso Amâncio, nos últimos dois anos, a situação é outra.
Ele destaca investimentos de empresas como General Motors, que abriu vagas para 2.000 trabalhadores, e Casas Bahia -outros 3.000. "Na próxima pesquisa estaremos de volta ao topo", acredita.
Otimismo difícil de explicar a Fábio Bernardes Vianna, 38, que trabalhava como porteiro e zelador. Há três meses, procura trabalho. "Pago aluguel. Ainda bem que a minha mulher ajuda."

MACAÉ
Em Macaé, os problemas -favelização, comércio informal, falta de saneamento e tráfico- são agravados pelo inchaço populacional criado pelo "boom" do petróleo.
A cidade tem a maior base logística de apoio à produção, estocagem e distribuição de óleo e gás da Petrobras. A favelização veio com a promessa de emprego fácil.
"O setor exige qualificação e muitos migrantes não arrumam emprego", diz Romeu Silva, doutor em engenharia de produção pela PUC-Rio.
Apesar dos problemas, o salto na área de saúde de 2006 para 2007 e a situação de quase pleno emprego asseguraram à cidade o 11º lugar no ranking do IFDM.
"É fácil marcar consulta e ser atendida. O problema é moradia. Eles [governantes] prometem e nada fazem", afirma Andréa Jones, 31, que vive na favela da Fronteira.


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