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Emprego faz Araraquara subir e São Caetano cair
Cidade do interior de SP avança três posições e chega ao topo do ranking
Na ex-líder São Caetano, expectativa oficial é de melhora no próximo IFDM; performance em saúde faz de Macaé a 11ª
HÉLIA ARAUJO
ENVIADA ESPECIAL A ARARAQUARA
PEDRO SOARES
ENVIADO ESPECIAL A MACAÉ
ALADIM LOPES GONÇALVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Cidade com o maior IFDM
(Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal) do país em
2007, Araraquara avançou
três posições em relação a
2006 -era a quarta- movida
pela expansão do emprego.
Maior empregadora local,
a Lupo, fabricante de meias,
admitiu 610 pessoas em
2007, como Juliana Cristina
Corvello, 21, contratada como ajudante de produção.
"Foi meu primeiro emprego. Posso dizer que aquele
ano mudou completamente
a minha vida. Passei de estudante para profissional. Um
ano depois, fui promovida."
Segundo o gerente de recursos humanos, Carlos Alberto Gonçalves, no final de
2007, 3.040 trabalhavam na
fábrica em Araraquara -hoje, são 4.410 funcionários.
Dados do Ministério do
Trabalho apontam expansão
de 59% em dez anos no mercado formal de emprego.
SÃO CAETANO
Na 13ª posição em 2007,
São Caetano do Sul perdeu o
primeiro lugar obtido no ano
anterior justamente em razão
da piora no emprego e renda
-esse indicador específico
teve um recuo de 14,1%.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Relações de Trabalho, Celso
Amâncio, nos últimos dois
anos, a situação é outra.
Ele destaca investimentos
de empresas como General
Motors, que abriu vagas para
2.000 trabalhadores, e Casas
Bahia -outros 3.000. "Na
próxima pesquisa estaremos
de volta ao topo", acredita.
Otimismo difícil de explicar a Fábio Bernardes Vianna, 38, que trabalhava como
porteiro e zelador. Há três
meses, procura trabalho.
"Pago aluguel. Ainda bem
que a minha mulher ajuda."
MACAÉ
Em Macaé, os problemas
-favelização, comércio informal, falta de saneamento
e tráfico- são agravados pelo inchaço populacional criado pelo "boom" do petróleo.
A cidade tem a maior base
logística de apoio à produção, estocagem e distribuição de óleo e gás da Petrobras. A favelização veio com
a promessa de emprego fácil.
"O setor exige qualificação
e muitos migrantes não arrumam emprego", diz Romeu
Silva, doutor em engenharia
de produção pela PUC-Rio.
Apesar dos problemas, o
salto na área de saúde de
2006 para 2007 e a situação
de quase pleno emprego asseguraram à cidade o 11º lugar no ranking do IFDM.
"É fácil marcar consulta e
ser atendida. O problema é
moradia. Eles [governantes]
prometem e nada fazem",
afirma Andréa Jones, 31, que
vive na favela da Fronteira.
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