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Escolas de SP terão reajuste acima da inflação
Estabelecimentos particulares do Estado terão aumento médio de 6% no ano que vem, ante inflação de 3,2% em 2006
Segundo sindicato do setor,
inadimplência maior força
elevação das mensalidades;
raciocínio não é lógico, diz
coordenadora do Dieese
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O reajuste médio das mensalidades nas escolas particulares
de São Paulo para o ano que
vem será de 6%, acima da inflação prevista para este ano
(3,2%) e para 2007 (4,5%).
A estimativa foi feita pelo
Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de SP). Já a inflação é uma
projeção do Ipea (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada)
com base no IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo).
O presidente do sindicato,
José Augusto de Mattos Lourenço, disse que o índice em algumas escolas pode chegar a
10%. Pais que souberam do reajuste reclamam dos índices.
Segundo o sindicato, o aumento ficará acima da inflação
devido a dois fatores. O primeiro são os gastos com infra-estrutura. O segundo, e principal,
é a inadimplência. A projeção
para 2006 é de 20%, ante 15%
em 2005. "Como alguns não
pagam, aumenta-se a mensalidade para compensar. Os inocentes pagam pelos inadimplentes", disse o diretor-executivo do Sieeesp, Roberto Prado.
Para a coordenadora do Índice de Custo de Vida do Dieese,
Cornelia Nogueira Porto, o raciocínio não é lógico. "Quanto
mais sobe a mensalidade, mais
aumenta a inadimplência." Ela
diz que "não há justificativa"
para o reajuste ficar acima da
inflação. "Acho que eles querem ter os lucros de antigamente, quando a concorrência
era baixa."
(FÁBIO TAKAHASHI, SIMONE HARNIK E VINICIUS ABBATE)
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