São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Infra-estrutura é precária no extremo sul

Turismo é tido como a única alternativa de emprego e renda por causa das restrições ambientais em Marsilac e Parelheiros

Por questões de segurança, é proibido entrar nas trilhas sem o acompanhamento de monitores treinados, que cobram diária de até R$ 70

DA REPORTAGEM LOCAL

Falta quase tudo no extremo sul de São Paulo. O turismo é tido como a única alternativa de geração de emprego e renda na região. E atrações não faltam.
Dados da pesquisa DNA Paulistano, que ouviu cerca de 28 mil pessoas em todos os distritos de São Paulo entre fevereiro e julho, apontam que os moradores de Parelheiros e Marsilac são os que mais reclamam de coisas básicas, como o fornecimento de água, rede de esgoto e buracos nas ruas.
O acesso à área é precário. São poucas as vias que levam a Parelheiros, todas de pista única e tráfego intenso. Mesmo a infra-estrutura de atendimento ao turista é precária. A SPTuris concluiu a instalação da sinalização turística e de postos de informações, mas ainda não é suficiente. Hospital, por exemplo, não há. O mais próximo é no Grajaú.
Uma preocupação é em relação à segurança. O 25º Distrito Policial, que atende a região, foi o quarto com o maior número de homicídios registrados na capital no segundo trimestre deste ano -o último período medido.

Segurança
Por questões de segurança, é proibido entrar nas trilhas da região sem o acompanhamento de monitores. O dia do monitor treinado custa de R$ 30 a R$ 70.
Os empreendedores locais também contam com o apoio do grupamento ambiental da GCM (Guarda Civil Metropolitana). Em todos os acessos à área de proteção ambiental foram instaladas bases da PM.
Fernanda Ascar de Albuquerque, coordenadora de Projetos Turísticos da SPTuris, disse que o órgão não faz a divulgação oficial do extremo sul de São Paulo por acreditar que a região ainda não está preparada para receber um volume grande de turistas.
A Aecotur calcula em 120 mil o número de pessoas por ano. A própria entidade, no entanto, alerta que é um dado "subjetivo". Com a estrutura para o turismo pronta, a Aecotur estima que esse número pode saltar para até 250 mil -moradores da capital, em sua maioria.


Texto Anterior: Cabeleireira quer trocar salão por cachoeira
Próximo Texto: Cachoeiras e trilhas são os destaques
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.