DA REPORTAGEM LOCAL

Maiores prejudicados com a falência da construtora e a invasão dos dois edifícios inacabados, alguns donos dos apartamentos que não foram concluídos conseguiram ser transferidas para os blocos prontos. "Umas até já se mudaram do condomínio, mas ainda vivem umas cinco famílias aqui", diz Onias Martins de Oliveira Filho, presidente da associação de moradores do Central Park Jabaquara. Nenhuma das famílias remanejadas aceitou conversar com a reportagem.
Segundo Oliveira Filho, os demais moradores lesados entraram na Justiça para tentar reaver o dinheiro. "Sei que sete até ganharam a ação, mas ainda não receberam nada."
Na mesma região da invasão, foi inaugurado há pouco mais de um mês um condomínio de alto padrão -onde o apartamento custa cerca de R$ 360 mil. O imóvel tem churrasqueira na varanda e três suítes. Todas as unidades estão vendidas.
Mas os corretores estão com mais dificuldade num prédio de dois dormitórios em frente aos blocos invadidos. Os imóveis custam R$ 110 mil, o que segundo vendedores é R$ 10 mil abaixo do valor de mercado da área.
"Muitos interessados, quando descobrem que os apartamentos que restaram têm vista para a ocupação, desistem e sequer entram para conhecer", conta um corretor.


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