|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Notáveis cuidarão do "novo Cingapura"
DA REPORTAGEM LOCAL
Um grupo de notáveis -que
inclui da ex-secretária da Habitação Ermínia Maricato ao ator Sérgio Mamberti- cuidará da reformulação do projeto Cingapura.
Leia mais trechos da entrevista:
CONTRATOS - Se você me perguntar se eu vou terminar os contratos que estão em vigência, eu
responderei que sim. Não podemos parar e pensar no que iremos
fazer. Agora, o pós-Cingapura é
outra história. O Cingapura é um
projeto ultrapassado.
Houve um trabalho social muito equivocado no projeto. As pessoas moravam na favela, onde tinham um bar, um mercado, um
bilhar, todo tipo de atividade econômica. Aí eles foram lá e retiraram as pessoas da favela, e essas
pessoas passaram a pagar um
apartamento, condomínio, água e
luz. Além disso, o Cingapura não
permite o acesso do pobre. Quem
ganha de 0 a 3 salários mínimos
não pode pagá-lo.
CRÉDITO POPULAR - A nossa
idéia é fazer um programa importante para alavancar o acesso à
moradia popular. Aí entra o programa de renda mínima. Faremos
um estudo que garanta, apesar da
renda baixa, que um pedaço dessa
renda vá para a moradia.
NOTÁVEIS - Nós vamos redesenhar o programa. Para isso, vou
chamar algumas figuras da sociedade que vão opinar. Hoje (sábado) eu conversei com o ator Sérgio Mamberti para convidá-lo a
discutir o projeto sob a ótica da
cultura. O sr. Gofredo da Silva Telles (advogado) aceitou dar a sua
contribuição.
Vamos ter a colaboração ainda
das arquitetas Ermínia Maricato
(ex-secretária da gestão de Erundina) e Raquel Rolnik (professora
da PUC de Campinas). Além disso, vamos usar a experiência do
movimento de habitação popular
de São Paulo.
Outro dia, uma pessoa me perguntou: "Por que casa de pobre se
chama conjunto habitacional e a
de rico, condomínio?" Quer dizer,
temos de superar essa arquitetura
padronizada, da violência, e construir a arquitetura da convivência.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Setor cuidará da moradia popular Índice
|