São Paulo, terça-feira, 26 de dezembro de 2000

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Setor cuidará da moradia popular

DA REPORTAGEM LOCAL

Os movimentos de sem-teto do centro que têm projetos para reformar prédios invadidos afirmam que a prefeitura dificulta e demora muito em aprová-los.
A justificativa da prefeitura é que os imóveis são muito antigos e pedem reformas complexas.
Para contornar a situação, o novo secretário da Habitação propõe criar um departamento próprio dentro da Sehab para receber, analisar a aprovar os projetos de habitação popular, começando com os dos edifícios invadidos.
Os prédios são reformados e transformados em residenciais por meio de uma linha de financiamento da Caixa Econômica Federal, o PAR (Programa de Arrendamento Residencial), pela qual os novos proprietários pagam prestações de no máximo R$ 140 durante 15 anos.
O processo inclui a negociação com o proprietário do imóvel e a elaboração de um projeto de reforma (com planta, orçamento e cronograma das obras).
Atualmente, todo esse processo é feito pelos sem-teto, que negociam com os proprietários e contratam escritórios de arquitetura.
O primeiro e único prédio que conseguiu o financiamento da Caixa até agora fica na esquina das ruas Fernão Dias e 25 de Março. Há outros 12, só no centro velho, onde vivem cerca de 3.500 pessoas, na fila de espera.
Segundo o gerente de mercado da Caixa Rogério Henrique Gagliardi, em um ano, nem 10% da verba destinada ao PAR na capital (R$ 800 milhões) foi utilizada.


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