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Para CPI, evento lesa cofres públicos
DA SUCURSAL DO RIO
Presidente da CPI do
Carnaval da Câmara Municipal do Rio, a vereadora
Teresa Bergher (PSDB),
afirma que a prefeitura
tem prejuízo com o Carnaval. Por contrato, o município transfere a organização do evento à Liesa).
O contrato, diz, é "lesivo
aos cofres públicos", pois,
segundo dados apurados
pela CPI, a prefeitura só fica com 7% (6% para a Riotur e 1% para obras sociais) da verba arrecadada
com a venda de ingressos e
camarotes -menos de R$
3 milhões. No ano passado, a cifra total das vendas
chegou a R$ 38 milhões.
A CPI não encontrou,
porém, indícios de desvio
de dinheiro e outras irregularidades no contrato,
firmado anualmente com
a Liesa. Pelo acordo, é repassada à Liga a administração do Sambódromo
durante o Carnaval, a venda de ingressos e a contratação de serviços.
A prefeitura adiantou
ainda à Liesa R$ 5 milhões
para os preparativos iniciais das escolas no ano
passado. O dinheiro, segundo relatório da CPI divulgado na semana passada, só foi devolvido 60 dias
após o Carnaval.
Bergher defende que o
município volte a controlar toda a organização. Todos os serviços, diz, têm de
ser contratados por meio
de licitação. "A Liesa poderá participar, mas terá de
entrar na licitação."
Projeto de Lei dos membros da CPI propõe que a
organização dos desfiles
volte a ser realizada pela
Riotur, como era em 1998.
A CPI foi instaurada para investigar denúncias de
manipulação nos resultados do Carnaval de 2007,
cuja campeã foi a Beija-Flor. Não ficou comprovada a fraude, mas a comissão constatou falhas no
processo de escolha dos
jurados e na condução dos
trabalhos do júri.
A Folha enviou e-mail
ao prefeito do Rio, Cesar
Maia (DEM), indagando
sobre as conclusões da
CPI. Não recebeu as respostas até a conclusão
desta edição. Procurada, a
Liesa também não respondeu.
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