São Paulo, domingo, 27 de janeiro de 2008

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Para CPI, evento lesa cofres públicos

DA SUCURSAL DO RIO

Presidente da CPI do Carnaval da Câmara Municipal do Rio, a vereadora Teresa Bergher (PSDB), afirma que a prefeitura tem prejuízo com o Carnaval. Por contrato, o município transfere a organização do evento à Liesa).
O contrato, diz, é "lesivo aos cofres públicos", pois, segundo dados apurados pela CPI, a prefeitura só fica com 7% (6% para a Riotur e 1% para obras sociais) da verba arrecadada com a venda de ingressos e camarotes -menos de R$ 3 milhões. No ano passado, a cifra total das vendas chegou a R$ 38 milhões.
A CPI não encontrou, porém, indícios de desvio de dinheiro e outras irregularidades no contrato, firmado anualmente com a Liesa. Pelo acordo, é repassada à Liga a administração do Sambódromo durante o Carnaval, a venda de ingressos e a contratação de serviços.
A prefeitura adiantou ainda à Liesa R$ 5 milhões para os preparativos iniciais das escolas no ano passado. O dinheiro, segundo relatório da CPI divulgado na semana passada, só foi devolvido 60 dias após o Carnaval.
Bergher defende que o município volte a controlar toda a organização. Todos os serviços, diz, têm de ser contratados por meio de licitação. "A Liesa poderá participar, mas terá de entrar na licitação."
Projeto de Lei dos membros da CPI propõe que a organização dos desfiles volte a ser realizada pela Riotur, como era em 1998.
A CPI foi instaurada para investigar denúncias de manipulação nos resultados do Carnaval de 2007, cuja campeã foi a Beija-Flor. Não ficou comprovada a fraude, mas a comissão constatou falhas no processo de escolha dos jurados e na condução dos trabalhos do júri.
A Folha enviou e-mail ao prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), indagando sobre as conclusões da CPI. Não recebeu as respostas até a conclusão desta edição. Procurada, a Liesa também não respondeu.


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