Ana Ottoni - 16.jan.2002/Folha Imagem

O ator Renato Consorte

DA REPORTAGEM LOCAL

Nome ligado a ícones da dramaturgia brasileira como o Arena, o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, o ator Renato Consorte morreu ontem, aos 84 anos, por volta das 14h, no hospital Oswaldo Cruz (SP), vítima de complicações de um câncer de próstata.
Consorte era conhecido do grande público pelo papel de Chalita, na novela "Tieta" (1989). Ele também fez o programa humorístico "Família Trapo" (TV Record, a partir de 1967).
Segundo familiares, o ator lutava contra a doença havia cinco anos e estava internado desde a última quinta. Consorte deixa os filhos Renato e Adriana e quatro netos. O enterro acontece hoje, às 15h, no cemitério de Congonhas.
Os últimos trabalhos de Consorte foram o longa-metragem "O Homem que Desafiou o Diabo" (2007, direção de Moacyr Góes), em que viveu o personagem Turco, e a novela das sete "Bang Bang" (Rede Globo, 2005/2006), em que interpretou Jeremy Hacker.
No teatro, o último trabalho do ator foi "Sábado, Domingo e Segunda" (2003), ao lado de Nicette Bruno e Paulo Goulart e sob a direção de Marcelo Marchioro.
Renato Consorte nasceu em 27 de outubro de 1924, na cidade de São Paulo. Sonhava fazer medicina, mas acabou indo para a Faculdade de Direito da USP. Em entrevista à Folha em 1998, o ator relembrou o início de sua carreira artística, quando foi convidado pela atriz e cantora Inezita Barroso a integrar o grupo da faculdade, o Caravana Artística 11 de Agosto, apresentando-se pelo interior de São Paulo.
"Logo depois, um advogado chamado Paulo Autran perguntou se eu não gostaria de fazer teatro. Aceitei e iniciei a carreira", disse Consorte.


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