São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2005

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CNBB pleiteia participação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) reivindica a ampliação da comissão que irá estudar a descriminalização do aborto para poder participar do debate. "Essa comissão precisa ter mais representatividade", disse dom Geraldo Majella Agnelo, presidente da entidade. A comissão tem 18 membros, sendo seis da sociedade civil.
Para ele, a participação da CNBB seria "oportuna" em uma comissão mais ampla. A entidade não aceita o argumento de que o Estado é laico e por isso entidades religiosas estariam excluídas da comissão. Sobre a retirada da punição para as mulheres que praticam aborto, a CNBB avalia que a despenalização não vai melhorar a situação. O governo estima que sejam feitos por ano 1 milhão de abortos clandestinos no Brasil.
Na semana passada, a entidade reclamou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter sido deixada de fora da comissão do governo. "A Igreja reconhece e respeita a laicidade do Estado. Esta, porém, não pode impedir que qualquer cidadão, cidadã ou grupos manifestem as suas convicções e as proponham como diretrizes ou leis", diz a nota entregue ao presidente.
"Queremos que as pessoas que tentaram o aborto sejam bem tratadas, mas não queremos que se busque a legalização disso", disse dom Geraldo Majella, presidente da CNBB. (LEILA SUWWAN)


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