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Pouso de helicóptero no mar mata ao menos 1
Aparelho partiu de plataforma da Petrobras rumo a Macaé (RJ); dos 20 passageiros, um morreu e outros quatro desapareceram
Segundo a FAB, chovia na bacia de Campos e a condição do mar era ruim na hora do acidente; causa ainda é desconhecida
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Pelo menos uma pessoa morreu em acidente que envolveu
ontem à tarde um helicóptero
na bacia petrolífera de Campos
(litoral norte fluminense). O
aparelho, que seguia de uma
plataforma da Petrobras em direção a Macaé (município a 188
km do Rio), levava 20 pessoas,
entre elas três tripulantes.
O acidente ocorreu por volta
das 16h30, quando o helicóptero fez um pouso forçado no
mar, próximo à plataforma e a
109 quilômetros da costa.
Em nota divulgada às 20h18,
a Petrobras informou que, até
as 19h, 15 pessoas haviam sido
resgatadas com vida e quatro
ainda não tinham sido localizadas.
Titular da 123ª DP (Delegacia
de Polícia), em Macaé, o delegado Daniel de Mello Gomes disse no início da noite que o corpo de um ocupante do aparelho
já tinha sido resgatado.
Em nota oficial, o 1º Distrito
Naval (representação da Marinha no Estado do Rio) informou que ainda não tinha a
identidade dos ocupantes do
helicóptero acidentado.
"As buscas no local estão sendo conduzidas por embarcações da Petrobras, e a Marinha
já deslocou um navio para o local do acidente", relata o comunicado da Marinha.
De acordo com a Petrobras, o
helicóptero seguia da plataforma P-18 (campo de Marlim) para Macaé quando foi obrigado,
logo após a decolagem, a fazer
um pouso improvisado no mar.
Às 19h30, a empresa afirmou
que não tinha ainda notícias
confirmadas sobre o que ocorrera durante o vôo.
Segundo a FAB (Força Aérea
Brasileira), as condições climáticas eram muito ruins no momento da queda. Na sua nota
oficial, a Petrobras informou
que "as condições climáticas
eram operacionais para o vôo".
Assim que o helicóptero desceu na água, a plataforma acionou seu esquema de emergência para resgate.
O aparelho boiou, o que permitiu o resgate de parte dos
ocupantes pelas embarcações
que se dirigiram ao local.
O helicóptero acidentado era
um modelo Puma da empresa
BHS Helicópteros.
De acordo com a Petrobras,
13 embarcações faziam o trabalho de resgate e três helicópteros ficaram de prontidão na
área, um deles aeromédico.
Outros acidentes
O último acidente de helicópteros com vítimas na bacia
de Campos aconteceu em 22 de
julho de 2004.
Na ocasião, seis pessoas morreram quando um aparelho Sikorsky S-76 caiu no mar no
campo de Roncador. Cinco sobreviventes foram resgatados.
Um ano antes, cinco ocupantes de um helicóptero da BHS
morreram quando o aparelho
se aproximava do navio de
apoio Toisa Mariner, também
na bacia de Campos. O helicóptero atingiu o mastro da embarcação e caiu na água, afundando em seguida.
O pior acidente aéreo do Estado do Rio também está relacionado à indústria petrolífera
do litoral norte do Estado. Em
31 de março de 2006, um bimotor da companhia de aviação
Team, com 17 passageiros e
dois tripulantes, chocou-se
contra o pico da Pedra Bonita, a
600 metros de altitude, na serra da Castelhana, em Rio Bonito (cidade a 75 km do Rio).
Todos os 19 ocupantes do
avião morreram. Eles tinham
embarcado em Macaé, com
destino ao aeroporto Santos
Dumont, no centro do Rio. A
maioria deles era funcionário
ou da Petrobras ou de empresas que prestam serviços à estatal na região.
As tragédias aéreas na região
remontam a julho de 1984,
quando os 18 ocupantes de um
avião Bandeirantes da TAM bateu contra o morro São João no
município de São Pedro D'Aldeia, na região dos lagos.
Das vítimas, 14 trabalhavam
em emissoras de televisão.
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