DA SUCURSAL DO RIO

Forjando bijuterias há 22 anos, o empresário Eduardo Santos, proprietário da fábrica que explodiu, acredita que seu filho, Renato Santiago dos Santos, possa ter provocado o acidente que resultou em nove feridos.
"Estou muito assustado. Acredito que a explosão aconteceu quando ele [Renato] fazia a troca do botijão [cilindro de oxigênio com gás acetileno]. É um procedimento que não tem muitos riscos", disse.
O empresário abraçou, chorando, os bombeiros quando sua filha foi retirada dos escombros.
"Ela foi a última a ser resgatada. Do meu filho, só ouvi a frase: "Pai, pai, tá tudo bem. Eu tô bem"."
Renato está com 80% do corpo queimado, traumatismo craniano e fratura no fêmur.
Moradora do prédio, a costureira Maria da Luz Marques, 60, disse que, após uma explosão, a porta do apartamento se deslocou. "Estava trabalhando dentro de casa [no sexto andar] e, de repente, ouvi um estrondo. A porta da minha casa, que estava fechada e com duas trancas, veio para dentro. Mandaram descer, e eu desci. Quando cheguei aqui em baixo, vi que já tinha desabado", afirmou.


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