São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

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Explosão em prédio fere nove pessoas no Rio de Janeiro

Segundo bombeiros, acidente ocorreu após cilindro de gás estourar em fábrica; mulher foi arremessada e salva por toldo

No local, havia 13 botijões de gás e cilindros de oxigênio, o que levanta a suspeita de estoque irregular; segundo dono, empresa é legalizada

MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO

LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE, NO RIO

Nove pessoas ficaram feridas durante a explosão numa fábrica de bijuterias que provocou o desabamento de três dos seis andares do prédio onde funcionava, no centro do Rio de Janeiro, ontem pela manhã. Pelo menos três vítimas estavam em estado grave até as 22h30. Segundo os bombeiros, a causa foi o estouro de um cilindro de gás.
Uma das vítimas -a funcionária da fábrica de bijuterias Marizete Monteiro da Silva, 39- foi arremessada para fora do prédio durante a explosão e salva por um toldo, segundo testemunhas. Depois de amparada pela lona, caiu na varanda de um dos andares.
O edifício, na rua Regente Feijó, 95, abriga residências e lojas e fica na Saara (Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega), área de concentração de comércio popular.
Na loja de bijuterias Santiago dos Santos, foram encontrados 13 botijões de gás e cilindros de oxigênio e acetileno no local da explosão, levando à investigação de possível estoque irregular de produtos inflamáveis.
O presidente do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro), Reynaldo Barros, afirmou que houve negligência dos administradores do prédio. Segundo Barros, a instalação era irregular.
O dono da fábrica, Eduardo Santos, 72, afirmou que sua empresa é legalizada. O superintendente da Defesa Civil, coronel Francisco Bragança, informou que uma mudança na legislação permite usar cilindros de gás em locais abastecidos com gás canalizado, mas é preciso autorização na Justiça.
Santos, que não estava no prédio na hora da explosão, disse que o acidente pode ter acontecido na troca do cilindro de gás, feita pelo seu filho, Renato Santiago Santos, 42, que ficou gravemente ferido, com queimaduras em 80% do corpo.
Um vazamento de gás foi encontrado, e 12 prédios na região tiveram de ser interditados.


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