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Explosão em prédio fere nove pessoas no Rio de Janeiro
Segundo bombeiros, acidente ocorreu após cilindro de gás estourar em fábrica; mulher foi arremessada e salva por toldo
No local, havia 13 botijões de gás e cilindros de oxigênio, o que levanta a suspeita de estoque irregular; segundo dono, empresa é legalizada
MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO
LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE, NO RIO
Nove pessoas ficaram feridas
durante a explosão numa fábrica de bijuterias que provocou o
desabamento de três dos seis
andares do prédio onde funcionava, no centro do Rio de Janeiro, ontem pela manhã. Pelo
menos três vítimas estavam em
estado grave até as 22h30. Segundo os bombeiros, a causa foi
o estouro de um cilindro de gás.
Uma das vítimas -a funcionária da fábrica de bijuterias
Marizete Monteiro da Silva,
39- foi arremessada para fora
do prédio durante a explosão e
salva por um toldo, segundo
testemunhas. Depois de amparada pela lona, caiu na varanda
de um dos andares.
O edifício, na rua Regente
Feijó, 95, abriga residências e
lojas e fica na Saara (Sociedade
de Amigos e Adjacências da
Rua da Alfândega), área de concentração de comércio popular.
Na loja de bijuterias Santiago
dos Santos, foram encontrados
13 botijões de gás e cilindros de
oxigênio e acetileno no local da
explosão, levando à investigação de possível estoque irregular de produtos inflamáveis.
O presidente do Crea-RJ
(Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro), Reynaldo Barros, afirmou que houve
negligência dos administradores do prédio. Segundo Barros,
a instalação era irregular.
O dono da fábrica, Eduardo
Santos, 72, afirmou que sua
empresa é legalizada. O superintendente da Defesa Civil, coronel Francisco Bragança, informou que uma mudança na
legislação permite usar cilindros de gás em locais abastecidos com gás canalizado, mas é
preciso autorização na Justiça.
Santos, que não estava no
prédio na hora da explosão, disse que o acidente pode ter
acontecido na troca do cilindro
de gás, feita pelo seu filho, Renato Santiago Santos, 42, que
ficou gravemente ferido, com
queimaduras em 80% do corpo.
Um vazamento de gás foi encontrado, e 12 prédios na região
tiveram de ser interditados.
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