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Baú de caminhão se solta, atinge ônibus e cinco morrem
Acidente na via Dutra ocorreu após baú atravessar a pista; outro caminhão ainda atingiu ônibus e caiu em barranco
Ônibus onde estavam as cinco pessoas que morreram levava pacientes de Cruzeiro para exames em São Paulo;
baú passou por perícia
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Cinco pessoas morreram e 12
ficaram feridas em um acidente
na madrugada de ontem envolvendo um ônibus e dois caminhões na via Dutra, em Aparecida (180 km de São Paulo).
O acidente foi por volta das
3h, no km 67 da rodovia. O baú
de um caminhão com 14 toneladas de ovos, que viajava no
sentido São Paulo-Rio, desprendeu-se, atravessou o muro
central da rodovia e atingiu, na
pista contrária, um ônibus com
30 pacientes de Cruzeiro (SP)
que iam realizar exames em
São Paulo.
O ônibus tombou com a força
do impacto. Um outro caminhão que vinha atrás, carregado com tubos de metal, não
conseguiu desviar, atingiu o
ônibus e caiu em um barranco.
Morreram o casal Darci Alves da Silva, 72, e Nilton Romeu
da Silva, 72; Maria Luiza das
Dores Silva, 49, Cláudia Regina
da Silva, 39, e José Edésio Carioca, 53 -todos estavam no
ônibus. Ontem, três feridos
continuavam internados.
O aposentado José Romão,
76, estava no ônibus e nada sofreu. "Pareceu o estrondo de
uma bomba. O ônibus tombou,
e começou a gritaria. Quando as
pessoas começaram a sair, vimos muita gente machucada."
A pista sentido Rio-São Paulo
da Dutra ficou interditada das
3h às 6h55. O engarrafamento
chegou a dois quilômetros.
O baú passou ontem por perícia, e um laudo deve ficar
pronto em 30 dias. A Folha
apurou que o exame verificou
sinais de má conservação no
baú. O delegado Anísio Galdioli, de Aparecida, afirmou que
Gilberti confirmou a existência
de trincas na estrutura do baú.
O caminhão, fabricado em
2006, pertence à transportadora Gino Aves, de Bastos (SP).
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar se houve falha
do motorista ou se o acidente
ocorreu por falha mecânica.
O dono da Gino Aves, Nivaldo Gino da Silva, negou haver
problemas no caminhão. "O
baú passou por revisão há cerca
de 30 dias e estava em boas
condições", disse.
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