São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

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Baú de caminhão se solta, atinge ônibus e cinco morrem

Acidente na via Dutra ocorreu após baú atravessar a pista; outro caminhão ainda atingiu ônibus e caiu em barranco

Ônibus onde estavam as cinco pessoas que morreram levava pacientes de Cruzeiro para exames em São Paulo; baú passou por perícia

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Cinco pessoas morreram e 12 ficaram feridas em um acidente na madrugada de ontem envolvendo um ônibus e dois caminhões na via Dutra, em Aparecida (180 km de São Paulo).
O acidente foi por volta das 3h, no km 67 da rodovia. O baú de um caminhão com 14 toneladas de ovos, que viajava no sentido São Paulo-Rio, desprendeu-se, atravessou o muro central da rodovia e atingiu, na pista contrária, um ônibus com 30 pacientes de Cruzeiro (SP) que iam realizar exames em São Paulo.
O ônibus tombou com a força do impacto. Um outro caminhão que vinha atrás, carregado com tubos de metal, não conseguiu desviar, atingiu o ônibus e caiu em um barranco.
Morreram o casal Darci Alves da Silva, 72, e Nilton Romeu da Silva, 72; Maria Luiza das Dores Silva, 49, Cláudia Regina da Silva, 39, e José Edésio Carioca, 53 -todos estavam no ônibus. Ontem, três feridos continuavam internados.
O aposentado José Romão, 76, estava no ônibus e nada sofreu. "Pareceu o estrondo de uma bomba. O ônibus tombou, e começou a gritaria. Quando as pessoas começaram a sair, vimos muita gente machucada."
A pista sentido Rio-São Paulo da Dutra ficou interditada das 3h às 6h55. O engarrafamento chegou a dois quilômetros.
O baú passou ontem por perícia, e um laudo deve ficar pronto em 30 dias. A Folha apurou que o exame verificou sinais de má conservação no baú. O delegado Anísio Galdioli, de Aparecida, afirmou que Gilberti confirmou a existência de trincas na estrutura do baú. O caminhão, fabricado em 2006, pertence à transportadora Gino Aves, de Bastos (SP).
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar se houve falha do motorista ou se o acidente ocorreu por falha mecânica.
O dono da Gino Aves, Nivaldo Gino da Silva, negou haver problemas no caminhão. "O baú passou por revisão há cerca de 30 dias e estava em boas condições", disse.


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