DO ENVIADO ESPECIAL A MACAÉ E

DA SUCURSAL DO RIO

O petroleiro Hélio Barreto Santos, 34, funcionário da Marítima, empresa prestadora de serviços para a Petrobras, acidentou-se na noite de sábado quando trabalhava na plataforma semi-submersível 47, na bacia de Campos (litoral do Estado do Rio).
Barreto Santos é plataformista. Com ferimentos na cabeça e no tórax, ele foi socorrido por um helicóptero da Petrobras, solicitado pelo médico Antônio Bento, que decolou da plataforma às 20h50.
O helicóptero chegou à base da companhia em Macaé, às 21h30. Ele foi atendido em um hospital do município. Segundo a Petrobras, Santos sofreu escoriações no tórax, ferimentos no couro cabeludo e no lábio inferior.
A empresa informou que participou do resgate do ferido, mas que não tem responsabilidade pelo atendimento médico.
Segundo a estatal, quem deve assumir o atendimento médico é a Marítima, já que a vítima trabalha na empresa.
A Marítima é a mesma empresa que foi responsável pelo projeto de contratação da P-36, plataforma que afundou na semana passada. A companhia presta diversos serviços à Petrobras, principalmente nas áreas de perfuração e de engenharia.
A Petrobras não soube informar sobre o estado de saúde do plataformista.

Comum
Segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros), acidentes com trabalhadores terceirizados são comuns em plataformas, pois eles não seriam bem treinados.
Cerca de 8% dos empregados do setor de petróleo e gás natural sofrem anualmente algum tipo de acidente de trabalho. Em relação aos trabalhadores da iniciativa privada e de empresas de capital misto, o índice é de 2%.
Dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) mostram que anualmente ocorrem 250 milhões de acidentes no trabalho por ano e 330 mil mortes.


Texto Anterior: Acidente em alto-mar: Presidente da Petrobras depõe no Senado sob ameaça de demissão
Próximo Texto: Depoimento deve ser adiado
Índice