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DENGUE
Secretaria da Saúde avaliou risco com base na concentração de focos do mosquito transmissor; há 140 casos registrados
Epidemia é ameaça em 102 cidades do PR
RONALDO SOARES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Pelo menos 102 cidades paranaenses estão sujeitas a uma epidemia de dengue, número que
corresponde a mais de um quarto
dos 399 municípios do Estado.
A informação é da Secretaria
Estadual da Saúde, que até agora
detectou a presença do agente
transmissor da doença -o mosquito Aedes aegypti- em 184
municípios.
Em 102 deles é possível ocorrer
uma epidemia porque, de acordo
com a secretaria, nessas cidades o
nível de infestação predial é superior a 1% -ou seja, o mosquito
está presente em mais de um em
cada cem domicílios visitados-,
índice a partir do qual as autoridades sanitárias consideram que
existe risco de transmissão da
doença.
Este ano, o Paraná registrou 140
casos de dengue -nenhum do tipo hemorrágico. As regiões mais
atingidas são noroeste, norte e
oeste do Estado.
O caso mais crítico é o do município de Santa Fé (noroeste do Paraná), responsável por quase metade das notificações do Estado
-62 casos.
O secretário estadual da Saúde,
Armando Raggio, admite que o
número de notificações da doença no Estado deverá aumentar
nos próximos dias, pois o órgão
está intensificando o trabalho de
localização de pessoas infectadas.
Segundo o diretor de Vigilância
e Pesquisa da secretaria, Nereu
Henrique Mansano, a situação do
Paraná é preocupante, mas "bem
menos grave" do que a do ano
passado, quando o número de casos registrados no mesmo período foi de 481.
A secretaria lançou no último
sábado uma campanha, veiculada
em emissoras de rádio e TV, esclarecendo a população sobre como combater a dengue.
"Sozinho, o poder público não
tem como fazer nada. É preciso
que a comunidade colabore",
afirmou Mansano.
Visitas
Além da campanha, que está
sendo veiculada em 143 rádios e
22 emissoras de TV, a secretaria
havia adotado outras medidas para combater a doença.
O órgão intensificou o trabalho,
feito em parceria com os municípios, de visitas domiciliares para
acabar com focos da doença e aumentou a busca dos chamados
pontos críticos de incidência do
mosquito, como borracharias,
ferros-velhos e cemitérios, locais
onde há água parada.
A secretaria lembra que a dengue ocorre "principalmente em
áreas tropicais e subtropicais do
mundo", clima das regiões do Estado mais afetadas pela doença.
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