São Paulo, sexta-feira, 27 de março de 2009

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LORIS FOGGIATTO (1913-2009)

O tipógrafo viu prensas e prédios partirem

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

É Carnaval, e o folião Loris Foggiatto cai na gandaia. Nos dias em que dura a farra, apronta poucas e boas. Quando acaba a festa em Curitiba (PR), Loris se vê malfalado. Do pai, então, ouve o conselho: pegue essa carta de recomendação e vá para SP.
Seu pai era Domingos Foggiatto, tipógrafo de jornais no PR e fotógrafo de boa reputação, posteriormente contratado pelo Estado.
Loris chega a SP e arruma um emprego, também de tipógrafo, na gráfica desta Folha. No jornal, aposentou-se, anos mais tarde, quando as máquinas que conhecia bem foram substituídas por outras muito mais modernas.
O neto Fábio lembra de uma visita que fizeram, há algum tempo, ao Memorial do Imigrante, onde uma antiga prensa estava sendo exposta. "Ele se sentou e ficou explicando aos bisnetos como aquilo funcionava", conta.
Na casa em que vivia, deixou coleções de todos os tipos, que organizava para matar o tempo: primeiras páginas de jornal da época da guerra, lâmpadas, lápis etc.
Também gostava de fotografar a cidade e ficava inconformado quando derrubavam prédios antigos para construírem "arranha-céus de vidro". Pintou quadros.
No domingo, preparava a antiga câmera para fotografar os bisnetos quando um ataque cardíaco o matou, aos 96. Deixa dois filhos, sete netos e quatro bisnetos. A missa de sétimo dia será sábado, às 16h, na igreja N. Sra. da Esperança, em Moema, SP.
obituario@grupofolha.com.br


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