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LORIS FOGGIATTO (1913-2009)
O tipógrafo viu prensas e prédios partirem
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
É Carnaval, e o folião Loris
Foggiatto cai na gandaia. Nos
dias em que dura a farra,
apronta poucas e boas.
Quando acaba a festa em Curitiba (PR), Loris se vê malfalado. Do pai, então, ouve o
conselho: pegue essa carta de
recomendação e vá para SP.
Seu pai era Domingos Foggiatto, tipógrafo de jornais
no PR e fotógrafo de boa reputação, posteriormente
contratado pelo Estado.
Loris chega a SP e arruma
um emprego, também de tipógrafo, na gráfica desta Folha. No jornal, aposentou-se,
anos mais tarde, quando as
máquinas que conhecia bem
foram substituídas por outras muito mais modernas.
O neto Fábio lembra de
uma visita que fizeram, há algum tempo, ao Memorial do
Imigrante, onde uma antiga
prensa estava sendo exposta.
"Ele se sentou e ficou explicando aos bisnetos como
aquilo funcionava", conta.
Na casa em que vivia, deixou coleções de todos os tipos, que organizava para matar o tempo: primeiras páginas de jornal da época da
guerra, lâmpadas, lápis etc.
Também gostava de fotografar a cidade e ficava inconformado quando derrubavam prédios antigos para
construírem "arranha-céus
de vidro". Pintou quadros.
No domingo, preparava a
antiga câmera para fotografar os bisnetos quando um
ataque cardíaco o matou, aos
96. Deixa dois filhos, sete netos e quatro bisnetos. A missa de sétimo dia será sábado,
às 16h, na igreja N. Sra. da Esperança, em Moema, SP.
obituario@grupofolha.com.br
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