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Senado aprova cobertura de planejamento familiar por planos
Caso o projeto seja sancionado, operadoras poderão ter que custear procedimentos de fertilização; para empresas, texto é vago e custo pode ser repassado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Senado aprovou anteontem um projeto que obriga os
planos de saúde a cobrirem
procedimentos de planejamento familiar.
Métodos como DIU, laqueadura e vasectomia já haviam sido incluídos em 2008 pela ANS
(Agência Nacional de Saúde Suplementar) como procedimentos obrigatórios.
Se a proposta for sancionada
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os planos poderão
ter que custear também a fertilização, já que uma lei de 1996
inclui na definição de planejamento familiar "os métodos e
técnicas de concepção e contracepção cientificamente aceitos
e que não coloquem em risco a
vida e a saúde das pessoas".
Caso o projeto, de autoria do
deputado Geraldo Resende
(PMDB-MS), seja sancionado,
poderá criar um conflito com o
rol de procedimentos obrigatórios estipulados pela ANS.
Isso porque o texto aprovado
no Senado e já votado na Câmara dos Deputados diz apenas
que "é obrigatória a cobertura
de casos de planejamento familiar", sem especificar quais.
Por outro lado, a lista da ANS
publicada em 2008 exclui os
planos da obrigação de cobrir
procedimentos como inseminação artificial.
Para Arlindo de Almeida,
presidente da Abramge (Associação Brasileira de Medicina
de Grupo), o projeto está incompleto, já que não especifica
quais procedimentos seriam
cobertos pelos planos de saúde,
uma vez que existem diversos
métodos de fertilização. Ele defende que, caso se torne lei, a
proposta seja regulamentada
com esse fim.
Almeida afirmou também
que a inclusão de novos procedimentos de cobertura obrigatória pode fazer com que os
preços dos planos aumente.
(ANGELA PINHO E MÁRCIO PINHO)
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