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Médico é ameaçado
de morte no Rio
SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio
O diretor do Hospital Estadual
Carlos Chagas, Celso Bastos, é o
mais novo médico em cargo de
chefia sob ameaça de morte no Rio
de Janeiro.
Há três dias, o hospital, em Marechal Hermes (zona oeste do
Rio), foi invadido por um médico
armado com um revólver. Ele avisou que mataria o diretor, responsável por seu afastamento da unidade, há 60 dias, supostamente
por faltar ao serviço.
O médico acabou sendo dominado por vigilantes do hospital.
O nome do médico é mantido
em sigilo pela polícia. Ontem, o
presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Luiz Tenório, pediu
proteção para Celso Bastos à Secretaria de Segurança Pública do
Estado.
Mortes
De novembro de 1996 até ontem,
pelo menos cinco médicos, enfermeiros e administradores de hospitais foram assassinados no Estado do Rio.
O último caso de morte ocorreu
no dia 16, quando o diretor administrativo do Hospital Central do
Corpo de Bombeiros, Walter Oliveira dos Santos, foi assassinado
quando ia para o trabalho. Ele foi
baleado.
Em 10 de dezembro do ano passado, o chefe da radiologia do
Hospital da Posse (Nova Iguaçu,
cidade na Baixada Fluminense),
José Luiz Madrid, foi baleado.
Madrid morreu cinco dias depois. O crime não foi esclarecido
pela polícia.
Para o presidente do sindicato, a
morte de Madrid tem relação com
uma tentativa de homicídio praticada em 15 de agosto de 97 contra
o então diretor do Hospital da
Posse, João Piloto
Mesmo baleado seis vezes, Piloto
sobreviveu ao atentado.
O sindicato também relaciona as
mortes do médico Rogério Couto
(em 96), do diretor da Associação
de Caridade São Francisco Xavier,
Severino de Faria, e do enfermeiro
Guaraci Barbosa (ambas em 97)
como praticadas por pessoas incomodadas com investigações administrativas que estavam sendo
conduzidas por esses profissionais.
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