São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 2002

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Reitores querem mais recursos

DA SUCURSAL DO RIO

Representantes de universidades públicas e privadas afirmam que a democratização do ensino superior só pode ser alcançada com mais recursos públicos.
Para o vice-presidente da Andifes (entidade que representa os reitores de universidades federais), Paulo Speller, o investimento em novas tecnologias e a ampliação da autonomia financeira das universidades públicas é o método mais eficiente para ampliar a oferta de vagas gratuitas.
"A autonomia financeira das universidades, com regras claras para o financiamento das instituições federais, dará agilidade e eficiência ao sistema, que poderá investir mais recursos na expansão", afirma Speller.
Para ele, no entanto, não basta apenas expandir o sistema público em cursos tradicionais.
"É preciso que haja mais investimento do governo na expansão dos cursos à distância, que permitirão às universidades públicas oferecer cursos gratuitos e de qualidade em regiões onde a oferta de vagas é mais restrita", diz Speller.
O presidente do Crub (Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras), Paulo Alcântara Gomes, concorda com Speller.
"É absolutamente indispensável que haja maior agilidade na diplomação. A sociedade brasileira espera que sejam oferecidas novas modalidades de diploma", diz o presidente do Crub.
Gomes - que foi reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e hoje é reitor da Universidade Castelo Branco, instituição privada do Rio de Janeiro- defende também uma política mais agressiva de financiamento dos estudantes na rede particular. "As universidades federais já estão no limite do atendimento. Exigir a ampliação da rede, sem novos recursos, condenará essas instituições ao fechamento."


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