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Mackenzie coloca barras de ferro para escorar muro de 112 anos ameaçado de cair
RICARDO SANGIOVANNI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um trecho de 23 m do muro que cerca o Instituto Presbiteriano Mackenzie, voltado
para a rua Itambé, em Higienópolis (região central de São
Paulo), ameaça ceder e terá
de ser reformado.
O muro foi escorado há três
semanas após a descoberta de
fissuras em dois pontos. Ele
está inclinado e ameaçava
cair sobre carros e pedestres.
Como escora, foram utilizadas 23 barras de ferro articuladas, que bloqueiam a calçada e prejudicam os pedestres. A passagem tem sido feita pela pista, por uma faixa de
um metro de largura.
Segundo a escola, que funciona ali desde 1896, duas árvores de um jardim, que fica a
dois metros de altura em relação ao nível da rua, pressionam o muro. As escoras são
uma solução de segurança,
segundo a instituição.
Feito de alvenaria, o muro
de 112 anos é preservado pelo
patrimônio histórico estadual, diz o Mackenzie, e poderia ser salvo com a retirada
das árvores. No entanto, as
duas paineiras de cerca de 40
anos também são tombadas
(pelo município) e não podem ser cortadas sem aval.
A escola pediu à Subprefeitura da Sé que fosse ao local, o
que deve ocorrer em 15 dias.
O laudo poderá apontar soluções alternativas ao corte
das árvores, como a poda ou a
contenção das raízes. Porém,
um parecer da empresa de
paisagismo Ambiente, contratada pelo Mackenzie, propõe a remoção das árvores.
Ontem, o Condephaat (órgão estadual do patrimônio)
não confirmou que o trecho é
mesmo tombado, já que só
uma parte do Mackenzie é de
área preservada. Caso o muro
seja mesmo tombado e o corte das árvores não seja permitido, a reforma poderá ser autorizada -desde que siga a aparência original.
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