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Policial é preso suspeito de balear 6 em festa country
Confusão aconteceu no domingo em Juiz de Fora
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA
Um policial militar é suspeito
de ter baleado seis pessoas durante confusão em uma festa
country em Juiz de Fora (272
km de Belo Horizonte), na madrugada de domingo.
Após os disparos, o soldado
da Polícia Militar André Luiz
da Silva Nojosa, 30, apresentou-se espontaneamente a um
capitão da PM e foi preso em
flagrante por tentativa de homicídio. Nojosa está preso no
2º Batalhão da Polícia Militar
de Juiz de Fora. A arma, uma
pistola calibre 765, não foi localizada pela polícia. O caso está
sendo investigado pela Delegacia de Crimes Contra a Pessoa
de Juiz de Fora.
Nojosa, que estava de folga e
à paisana, portava uma arma e
não foi revistado antes de entrar na festa. De acordo com o
boletim de ocorrência do caso,
ele disse ter sofrido agressões
após ter se desentendido com
um homem por motivos fúteis.
A confusão se transformou em
uma briga generalizada.
O PM recebeu atendimento
médico. Tinha fratura no nariz
e traumatismo craniano leve.
Seis pessoas -com idades
entre 14 e 24 anos- foram atingidas pelos disparos.
Uma delas, um homem de 24
anos, estava ontem em estado
grave em UTI e foi submetido a
uma cirurgia.
Três pessoas continuavam
internadas, mas sem risco de
morrer, até ontem à noite. As
outras duas vítimas foram liberadas após receber atendimento médico.
Organização
Em nota, a organização do
evento lamentou o episódio e
informou que Nojosa não foi
revistado na entrada da festa
porque se identificara como
PM. Ainda de acordo com a nota, o policial foi detido por seguranças e policiais militares após
o ocorrido e confirmou ser o
autor dos disparos.
Os organizadores da festa
disseram que estão prestando
assistência às famílias e que estão empenhados para esclarecer o que ocorreu.
A organização não soube informar quantas pessoas estavam no local da festa -um parque de exposições- no dia do acidente. Disse que ainda estão
contabilizando a bilheteria,
mas que a previsão inicial era
que 100 mil pessoas visitassem
o espaço durante os quatro dias
de evento.
O 2º Batalhão da PM, onde
Nojosa é lotado, informou que
vai apurar o caso se forem constatados indícios de falta disciplinar ou de crime militar. As
punições previstas, de acordo
com a corporação, vão de advertência a exclusão.
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