São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2010

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Anac vai interditar 16 helipontos irregulares em SP

Proprietários, que não conseguiram autorização da prefeitura para funcionar, serão notificados por correio

Empresas de táxi-aéreo dizem que medida é "desserviço" e que existem poucos helipontos na cidade

DE SÃO PAULO

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) começou ontem o processo de interdição de 16 helipontos na cidade de São Paulo. Os proprietários vão receber as notificações pelo correio.
Na semana que vem, de acordo com a Anac, começam as interdições propriamente ditas: a pintura de um "X", um sinal para os pilotos de que eles não podem usar aquele heliponto.
Os locais que estão sendo interditados não conseguiram autorização da prefeitura para funcionar.
Até o ano passado a cidade tinha 215 helipontos autorizados pela Anac e apenas 85 licenciados pela prefeitura.
A partir de outubro, quando a Câmara Municipal aprovou lei regulamentando o funcionamento, prefeitura e Anac iniciaram uma espécie de mutirão de regularização.
Cerca de 40 helipontos tiveram a licença indeferida, segundo a prefeitura -outros ainda estão em processo de regularização. Os 16 que começaram a ser notificados ontem estão na lista dos 40.

DESSERVIÇO
Empresas de táxi-aéreo ouvidas pela Folha consideraram o fechamento dos helipontos um "desserviço". "Já existem poucos helipontos que atendem a todas as aeronaves", diz Jorge Bitar Neto, diretor geral da Helimarte.
A empresa faz cerca de 15 voos de helicópteros por dia, a um custo de R$ 800 a R$ 9.500 a hora voada. Para ele, executivos do Itaim (zona oeste), por exemplo, terão poucas opções próximas.
"A maioria dos prédios só opera para os próprios condôminos. Se eles não conseguirem convênios com os prédios do entorno, não vão ter alternativa de pouso."

URGÊNCIAS
Na empresa, uma parcela significativa dos usuários é de executivos, assim como na Global Táxi Aéreo, que também faz cerca de 15 voos por dia, a um custo médio de R$ 2.800 a hora.
As empresas, entretanto, ressaltam que as aeronaves também são muito usadas em urgências médicas.
Entre os helipontos a serem interditados está o do Hospital Alvorada, em Moema (zona sul). Procurado, o centro médico disse que não recebeu a notificação e, por isso, não se pronunciaria.


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