São Paulo, quarta-feira, 27 de junho de 2001

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TRÁFICO

Descoberta de que ele estava com celular na cela levou polícia a fazer gravações

PF grampeia celular de Beira-Mar

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A Polícia Federal optou por grampear -em vez de simplesmente apreender- o telefone celular do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, porque os interrogatórios e o depoimento dele à CPI do Narcotráfico foram "improdutivos", segundo o diretor-geral da PF, Agílio Monteiro Filho.
Anteontem, o "Jornal Nacional", da Rede Globo, reproduziu diálogos do traficante, por celular, com integrantes de sua quadrilha, detidos na sede da Divisão Anti-Sequestro da Polícia do Rio.
O diretor-geral da PF, que ontem participou do ato de incineração de cerca de 140 toneladas de droga em Cubatão (SP), não quis revelar quando se iniciou a escuta telefônica, mas ressalvou que foi efetuada de maneira legal.
Segundo ele, o plano foi montado a partir do momento em que se tomou conhecimento da existência de um celular na cela de Beira-Mar. Monteiro Filho disse que a PF obteve autorização judicial para realizar o grampo.

Relatórios
O diretor afirmou que relatórios do monitoramento das conversas eram encaminhados periodicamente à Justiça. O Ministério Público também foi informado. "A Polícia Federal agiu profissionalmente e dentro da lei. Não foi um trabalho clandestino", declarou.
O diretor-geral da PF lamentou que a investigação tenha sido revelada, o que inviabilizou a continuidade do emprego do método. Segundo ele, o celular de Beira-Mar já foi apreendido.
"Infelizmente [a informação sobre o grampo" vazou e não terá mais a eficácia que esperávamos", disse. Mesmo assim, de acordo com Monteiro Filho, "avançou-se muito nas investigações".


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