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PERNAMBUCO
Presos fazem rebelião em penitenciária
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Cerca de 1.100 presos destruíram parcialmente, durante uma
rebelião, os oito pavilhões da penitenciária de segurança máxima
Barreto Campelo, em Itamaracá
(50 km de Recife), construído para abrigar 660 pessoas.
A ação, iniciada na noite de anteontem, só foi controlada ontem
à tarde, após a Polícia Militar invadir o local. Um soldado do batalhão de choque se feriu ao levar
uma pedrada na perna.
A rebelião começou por volta
das 20h30, quando os presos foram informados sobre a transferência de seis detentos para outras unidades penais, apesar de
não haver autorização judicial.
Segundo a Secretaria da Justiça
do Estado, a transferência estaria
amparada na lei das execuções
penais, em razão da situação de
emergência. Os seis detentos estariam planejando um motim.
Ainda segundo a secretaria, o
pedido de transferência foi feito
na quinta-feira passada à Vara de
Execuções Penais, mas não chegou a ser apreciado.
A decisão de retirar os líderes
antecipou o protesto. Colchões
foram queimados, salas foram
depredadas e as grades das celas,
arrancadas. A PM enviou tropas
ao local. Tiros foram disparados
para o alto, na tentativa de intimidar os amotinados. Ninguém foi
mantido como refém.
Sem solução negociada, às 9h30
de ontem 120 policiais invadiram
a prisão. Bombas de efeito moral
foram detonadas nos pavilhões.
No início da tarde, a Secretaria
da Justiça do Estado anunciou
que a rebelião estava controlada e
que os seis presos não seriam
mais transferidos. Uma revista foi
feita em seguida, mas nenhuma
arma foi encontrada.
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